A Polícia Civil prendeu Henrique Almeida Soares, 19 anos, após ele postar mensagens na internet. Nelas, anunciou que seria protagonista de uma tragédia no Distrito Federal: “Vou fazer uma massacre histórico num showzinho de rap/funk/trap cheio de adolescentes vagabundos descolados e drogados. Com meus conhecimentos em química e acesso a armas ilegais poderei fazer algo esplêndido”, destacou.
E foi ainda mais além. “O plano consiste em liberar gás venenoso ou paralisante na multidão e depois disso detonar um carro-bomba com explosivos destrutivos, os sobreviventes vou matar na bala. Anônimo adoro ver o choro de vocês, não é sonho, é real estou pronto para me vingar e espero que você seja uma vítima mesmo sem nos conhecermos kkkkkkkkkkkkkk.”
As mensagens foram publicadas no site Yahoo, de perguntas e respostas, em fevereiro. “A partir do recebimento dessas informações, a Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) deu toda atenção que o presente caso exigia”, disse o delegado Dário Taciano de Freitas Júnior.
Dois dias após a prisão de Henrique, que é suspeito de planejar um ataque com carro-bomba em um show no DF, vizinhos do jovem, no Lago Norte, se dizem surpresos e assustados com o caso. Uma moradora, que não quis se identificar, contou que, apesar de não conhecer o rapaz, sabia que ele morava na casa do avô, professor de arquitetura na Universidade de Brasília (UnB).
“Não podemos julgar o que aconteceu. Não sabemos se ele está doente. Esse rapaz morava com o avô, que é professor de arquitetura da UnB, e nunca o vi na rua. No dia, eu estava voltando para casa e me assustei com o número de policiais e bombeiros. Só descobri o que tinha acontecido depois, pela mídia”, acrescentou.
Ainda segundo ela, no dia da prisão do jovem, o burburinho foi grande no grupo de WhatsApp dos moradores da rua. ” Os vizinhos mandaram muitas mensagens julgando ele e a família. Depois, outros abafaram a discussão e não se falou mais nada”, completou.
Uma outra vizinha, que também preferiu não se identificar, afirmou que “a família do rapaz vivia isolada”. “Nunca ouvi barulho vindo daquela casa. Achei tudo isso meio absurdo e louco. Não sabemos quem é o vizinho do lado, muito perigoso. Fiquei assustada”, explicou a mulher, que reside na região há 24 anos.
Na manhã desta segunda-feira (02/03/2020), a mãe de Henrique estava na residência da família, mas não quis se manifestar.
Preso em flagrante
O suspeito foi preso em flagrante pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) no sábado (29/02/2020). Na residência do jovem, os investigadores encontraram bombas e livros com incitação ao ódio, além de máscaras e dinheiro em espécie.
O rapaz passou por audiência de custódia no fim de semana e ficará preso preventivamente. Na casa dele, a polícia apreendeu 5 quilos de nitrato de amônia e 1 quilo de nitrato de potássio, que poderiam ser usados para produção de outro artefato.
“O material era suficiente para derrubar uma casa. Ele tinha muito poder de fogo”, destacou chefe da DRCC, Giancarlos Zuliani Júnior.
Veja o vídeo:
https://youtu.be/cp9Xrxna9Go
Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles