Mais de 550 mulheres entraram com processo contra a Uber nesta quarta-feira, no Tribunal Superior do Condado de São Francisco, nos Estados Unidos. A queixa sustenta que as vítimas “foram sequestradas, agredidas sexualmente, agredidas sexualmente, estupradas, presas falsamente, perseguidas, assediadas ou atacadas” por motoristas do aplicativo de transporte de passageiros.
A acusação foi feita por meio do por advogados do escritório Slater Slater Schulman e afirma que os casos ocorreram desde 2014 em vários estados americanos.
Em nota encaminhada à BBC, a Uber afirmou que “agressão sexual é um crime horrível e levamos cada denúncia a sério”.
“Não há nada mais importante do que a segurança, e é por isso que a Uber criou novos recursos de segurança, estabeleceu políticas centradas no sobrevivente e foi mais transparente sobre incidentes graves. Embora não possamos comentar sobre litígios pendentes, continuaremos mantendo a segurança no coração do nosso trabalho”, acrescentou a empresa.
De acordo com o escritório de advocacia, há ainda outros 150 casos em potencial que estão sendo investigados e que podem também ser apresentados à Justiça americana.
Conforme o documento, a Uber tomou conhecimento das situações de assédio e violência contra mulheres clientes ainda em 2014. Mas, no entanto, a empresa priorizou o “crescimento sobre a segurança do cliente”.
“Todo o modelo de negócios da Uber se baseia em dar às pessoas uma carona segura para casa, mas a segurança dos passageiros nunca foi sua preocupação – o crescimento foi às custas da segurança de seus passageiros”, disse Adam Slater, sócio fundador da Slater Slater Schulman, em comunicado à imprensa.
Em junho, a empresa divulgou um relatório de segurança nos Estados Unidos. O documento mostrou que houve 998 incidentes de agressão sexual, incluindo 141 relatos de estupro, em 2020.
A empresa também informou, no relatório, que recebeu 3.824 denúncias das cinco categorias mais graves de agressão sexual em 2019 e 2020, variando de “beijo não consensual de uma parte do corpo não sexual” a “penetração sexual não consensual” ou estupro.
Fonte: Folha PE
Créditos: Polêmica Paraíba