O Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, abriu, nesta terça-feira (19), um inquérito administrativo para apurar as circunstâncias da morte de Chayane Alves, 13 dias após alta hospitalar. Dois médicos foram afastados de suas funções.
Chayane Alves, que teve 75% do corpo queimado na cidade de Patos, ficou internada no Hospital de Trauma da Capital de agosto do ano passado até o último dia 4 de março. Ela morreu no domingo (17), em Cabedelo. Familiares denunciam que o Hospital de Trauma teria negado internação à paciente.
O diretor da unidade hospitalar, Laecio Bragante, disse que Chayane Alves recebeu “alta programada” e que deveria comparecer ao Trauma todos os dias para refazer curativos. Segundo ele, esse procedimento estava sendo cumprido, mas, no sábado (16), a paciente se queixou de dificuldades para respirar. Ela passou por avaliação clínica, que constatou um problema pulmonar.
Chayane foi orientada a procurar o Hospital de Cabedelo, cidade na qual ela estava morando, para tratamento. No domingo, ela apresentou uma piora. A equipe do Hospital de Cabedelo entrou em contato com o Trauma, solicitando transferência, mas um médico da Capital recomendou que ela continuasse em Cabedelo.
“Esses dois médicos foram afastados. O que fez o atendimento presencial no sábado e o que sugeriu a permanência de Chayane em Cabedelo no domingo. Será feita uma sindicância para apurar a conduta desses profissionais e o resultado será encaminhado para a Comissão de Ética Médica. Se for comprovada alguma falha, haverá encaminhamento do caso para o CRM e posterior aplicação de penalidades”, explicou Laecio Bragante.
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