O tiroteio ocorrido na tarde desta sexta, 8, no terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, teve quatro feridos. O principal alvo do ataque era o empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, que morreu no local.
Ele já havia feito delações em investigações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e era ameaçado pela facção. Gritzbach voltava de Goiás com a namorada – não há informações sobre se ela ficou ferida. A vítima também já havia sido acusada de ter mandado assassinar um líder da organização criminosa – o que ele negava.
Foram pelo menos 27 disparos, segundo a perícia. Gritzbach foi atingido em várias partes do corpo, como cabeça, tórax e nos braços. O ataque ocorreu por volta das 16 horas.
Os outros três atingidos são dois motoristas de aplicativo e uma passageira que desembarcava no local. Até o início da noite, a informação é de que o quadro deles era estável. Pelo menos uma das vítimas estava dentro do aeroporto.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), uma das vítimas foi atendida e deu depoimento no local, enquanto as outras duas foram encaminhadas ao Hospital Geral de Guarulhos.
Segundo a investigação policial, Gritzbach era ex-diretor da Porte Engenharia e Urbanismo, uma das maiores construtoras da cidade, e já havia feito acordo de delação premiada, homologado pela Justiça em abril, com o Ministério Público Estadual. As negociações com os promotores duravam dois anos e ele já havia prestado seis depoimentos.
Na delação, falou sobre envolvimento do PCC, a maior organização criminosa do País, com o futebol e o mercado imobiliário. O empresário também deu informações sobre os assassinatos de líderes da facção, como Cara Preta e Django.
A vítima já foi acusada pelo MP-SP pelo assassinato de Anselmo Becheli Santa Fausta, 38, o “Cara Preta”. Ele era um integrante influente do PCC.
Fonte: Polêmica Paraíba com CNN