Um dos suspeitos de ter participado do assassinato de Clodoaldo Oliveira Pessoa Filho foi absolvido em julgamento realizado nesta quarta-feira (25). Ele foi preso na cidade onde o corpo do motorista de aplicativo foi encontrado, após ser surpreendido com objetos da vítima.
Clodoaldo foi encontrado morto na zona rural de Pedras de Fogo, em julho de 2018, com sinais de violência e tortura. Ele saiu para negociar uma moto e nunca mais voltou.
A juíza Higyna Josita Simões, do Tribunal do Júri em Pedras de Fogo, não encontrou indícios suficientes para responsabilizar o réu pelo crime de homicídio. Um outro suspeito de cometer o crime ainda aguarda julgamento.
A partir do depoimento do suspeito que foi julgado nesta quarta (25), a polícia chegou até Francielmo Éder, que ainda aguarda julgamento. Ele foi preso em 13 de agosto de 2019, na cidade de Bragança Paulista, em São Paulo. A prisão se deu em uma ação conjunta entre a Polícia Civil de São Paulo e Polícia Civil da Paraíba.
O crime
Clodoaldo, que tinha 32 anos, saiu de casa em Julho de 2018 para vender uma moto, que ele tinha anunciado na internet, e não voltou mais. O pai hoje luta para que seja feita justiça e que os culpados paguem. Ele disse que a demora em ver os criminosos punidos o tem maltratado, mas desistir não faz parte do seu vocabulário.
“Estou lutando para que eles sejam presos. A gente tem que acreditar na lei”, disse o pai da vítima.
Clodoaldo era estudante de direito e batalhava para pagar os estudos. O rapaz trabalhava como motorista de aplicativo e também vendia motocicletas. Foi na negociação de uma das motos que a vida dele acabou sendo interrompida.
De João Pessoa ele teria ido para Santa Rita, onde finalizou a venda da moto. Ao retornar a João Pessoa, ele teria solicitado uma corrida de aplicativo com outros dois motoristas de aplicativo. Eles teriam ido comemorar a venda da moto em um bar no bairro de Mandacaru, onde Clodoaldo morava.
Uma testemunha teria visto alguém colocar uma substância no copo de Clodoaldo. Dias depois, ele foi encontrado morto, com sinais de tortura, no município de Pedras de Fogo, também na Paraíba. O crime aconteceu em Julho de 2018 e o corpo já estava em avançado estado de decomposição quando foi encontrado.
“Ele em vida ainda cortaram cinco dedos dos pés dele, eu acho que para ele entregar alguma coisa, só sei que ele estava amarrado e mataram ele”, afirmou o pai.
Os principais suspeitos são os dois motoristas de aplicativo que levaram Clodoaldo de volta a João Pessoa.
“Um dos suspeitos foi encontrado com alguns objetos da vítima em seu poder. Inicialmente ele foi preso temporariamente, por 30 dias. Todavia, com o avanço as investigações, o juiz de Pedras de Fogo decretou a prisão preventiva dele e ele aguarda o julgamento”, afirmou o delegado Joames Oliveira.
Aposentado e marcado com essa dor, o pai de Clodoaldo vive em função de buscar justiça pela morte do filho. Ele acompanhou o julgamento e tanto ele quanto os outros familiares ficaram indignados com a decisão.
Fonte: Portal T5
Créditos: Portal T5