Preso após agredir a namorada, o estudante de medicina José Flávio Carneiro dos Santos, de 27 anos, enviou mensagem para um amigo dizendo: “Sentei a mão nela”. O caso ocorreu em 23 de setembro, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
As agressões foram relatadas pela estudante Gabriela Campos Duarte Machado, de 22, nas redes sociais. Em texto divulgado no Instagram, a jovem conta que apanhou do ex-namorado após descobrir que ele estava se relacionando com outra pessoa.
Gabriela relata que foi resgatada do apartamento de José por vizinhos que ouviram os gritos de socorro e levada à delegacia da mulher.
“As coisas começaram de forma muito sutis, um xingamento ou outro, me cercando na porta da minha casa, insistência no telefone (mesmo bloqueado), apertos no braço… que de repente viraram estrangulamentos e murros”, assinala Gabriela.
Nas redes sociais, circula a imagem de uma conversa entre José e um amigo no WhatsApp. Ele pede R$ 5 mil ao colega e diz que “sentou a mão” na namorada.
“Sentei a mão nela, tô preso. Preciso pagar R$ 5 mil para sair”, escreveu. O agressor pagou a fiança e foi liberado em seguida.
Outras denúncias
Após a denúncia de Gabriela, outras duas mulheres procuraram a polícia e denunciaram José Flávio Carneiro dos Santos por estupro e agressão.
Uma das vítimas disse que foi a um bar com José, onde fizeram uso de bebidas alcoólicas. Ela conta que, no dia seguinte, acordou na cama do estudante, sem se lembrar do que havia acontecido ou como havia chegado ao local. Ao questioná-lo, ele revelou que os dois tiveram relação sexual. O caso ocorreu em novembro de 2020.
A segunda denúncia é de uma ex-namorada de José, que relatou agressões físicas e psicológicas durante os seis meses de relacionamento. Ela conta que foi espancada pelo estudante.
Nota de repúdio
Em nota, o Diretório Acadêmico Horizontal de Medicina da Pontífice Universidade Católica Minas (PUC), onde José e Gabriela estudam, informou que o acontecimento é “inadmissível e não deve ser minimizado”.
“Parabenizamos a aluna pela extrema coragem e força de expor a situação e, assim, permitir que mais alunos na mesma situação se sintam incentivados a denunciar também. Nos solidarizamos com a aluna e esperamos que esteja recebendo todo o acolhimento possível”, consta na nota.
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Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles