O soldado Davi Cristiano, morto nesta quinta-feira (14) no bairro do Geisel, em João Pessoa, já foi alvo de 13 punições e foi preso em janeiro deste ano na festa em que 412 pessoas foram abordadas no Portal do Sol, na Capital. Nesse evento, o policial militar foi detido, mais uma vez, por porte ilegal de arma. Em outra situação, em 2015, o policial militar tentou atirar no comandante de uma equipe que o abordou durante festas do Folia de Rua, na Avenida Epitácio Pessoa.
“Em todas as vezes em que ele foi encontrado, ele não tinha o direito de estar portando a arma”, disse o corregedor da Polícia Militar da Paraíba (PMPB), coronel Jerônimo. Ainda conforme o corregedor, atualmente havia um Procedimento Administrativo Disciplinar, já próximo da conclusão, contra o soldado Davi. Ele relatou uma série de casos em que o policial estava arma de forma ilegal.
Em 2014, ele foi preso por estar dormindo em serviço. “Davi Cristiano foi preso e autuado em flagrante, em 2014, quando estava de serviço em um dos presídios e foi encontrado dormindo. Ele foi denunciado e processado.”
Em 2015, aconteceu a tentativa de homicídio contra o comandante que o flagrou em irregularidade de trânsito. “Em 2015, ele foi abordado durante essas festividades de carnaval de rua, na Epitácio Pessoa, e estava sem capacete, portando uma arma ilegal, conduzindo uma moto que tinha placa com adesivo encoberto. Foi preso e autuado em flagrante. Naquela oportunidade, insatisfeito com a abordagem, ele tentou agredir o comandante da guarnição o qual teve que usar força, inclusive teve que dar um tiro nele, porque ele também sacou a arma e tentou matar o comandante. O soldado Davi foi preso e autuado em flagrante na delegacia por porte ilegal de arma.”
De acordo com o coronel Jerônimo, o policial militar morto nesta quinta-feira ao tentar atirar em policiais civis, “já sofreu, durante oito anos de corporação, 13 punições disciplinares. Era uma pessoa altamente indisciplinada. No dia 25 de janeiro de 2019, ele foi preso em flagrante novamente por porte ilegal de arma. Estava numa festa portando uma arma ilegalmente.”
“Diante dessas condutas, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar para julgar a capacidade dele permanecer, ou não, na corporação. Esse processo ainda está em andamento, o advogado entrou com vários recursos por conta da doença dele (esquizofrenia) e o processo estava em fase de conclusão”, relatou o coronel Jerônimo.
O corregedor explicou porque o policial militar não poderia estar portando arma em todas as vezes em que foi detido. “A partir do momento em que é instaurado Conselho de Disciplina ou Processo Administrativo Disciplinar, o policial é afastado das funções e também é suspenso o porte de arma.”
Fonte: Click PB
Créditos: Click PB