Identificada

Polícia identifica mulher que abandonou bebê em cemitério de Campina Grande

Uma jovem de 25 anos foi identificada pela Polícia Civil como sendo a mãe que abandonou o bebê em um cemitério na madrugada do sábado (22), em Campina Grande

Polícia identifica mulher que abandonou bebê em cemitério de Campina Grande

Uma jovem de 25 anos foi identificada pela Polícia Civil como sendo a mãe que abandonou o bebê em um cemitério na madrugada do sábado (22), em Campina Grande. De acordo com o delegado Yasley Almeida, a jovem já foi ouvida na terça-feira (25) e confessou o crime. A Polícia Civil requisitou exames periciais para confirmar que a jovem esteve grávida, além do corpo de delito no bebê e de coleta de material biológico para confirmar geneticamente a maternidade.

O recém-nascido foi encontrado dentro de um saco de lixo no cemitério do bairro José Pinheiro. Após ser encontrado por pessoas que passavam pelo local, o bebê foi levado pelo Corpo de Bombeiros para o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea).
Ainda segundo o delegado Yasley Almeida, a jovem foi identificada após a análise das imagens das câmeras de segurança de um estabelecimento vizinho ao cemitério. O equipamento flagrou o momento em que o bebê foi deixado no local. Após ouvir algumas testemunhas, a polícia qualificou e interrogou a mulher. No depoimento ela disse que praticou o crime porque estava com medo de ser expulsa de casa pela família.

Durante as investigações, ficou constatado que a jovem conseguiu esconder a gravidez de seus familiares. Ela explicou que nos últimos quatro meses estava isolada num dos cômodos da residência e chorava diariamente. A polícia investiga se a menina sofre de distúrbios pscicológicos.

Bebê sem previsão de alta

O bebê, que foi batizado no hospital de Davi, deixou a UTI neonatal na segunda-feira (24) e foi transferido para o berçário intermediário, onde segue em tratamento com antibióticos nesta quarta-feira (26). Segundo o hospital, o estado de saúde dele é considerado estável, mas não há previsão de alta.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a criança foi encontrada ainda com restos de placenta e foi socorrida com hipotermia, quando a temperatura do corpo fica abaixo de 35 ºC por causa do frio, prejudicando o funcionamento dos órgãos.

Juizado avalia caso antes de liberar adoção

De acordo com o Juiz Auxiliar da Vara da Infância e da Juventude de Campina Grande, Hugo Zaher, independente do processo criminal que a mãe vai atravessar, o juizado trata o caso em duas frentes distintas. O primeiro passo é fazer uma identificação da mãe e depois saber se ela deseja ou não ter a guarda da criança. Caso a jovem não manifeste vontade de ficar com o bebê, ele será inserido no Cadastro Nacional de Adoção (CNA).

O segundo panorama é se a mulher ou parentes da família dela manifestarem vontade de ficar com o bebê. Neste caso, também serão feitos estudos para identificar se os familiares têm condições de cuidar da criança e não vão submetê-la ao risco de vulnerabilidade social.
Se comprovado que a mãe ou membros da família não têm condições de criar o bebê, então o Ministério Público pode entrar com uma ação de Destituição Familiar, o que pode fazer com que o menino também vá para o cadastro de adoção.

Fonte: G1