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Polícia Civil realiza 2ª fase da Operação Orange

Outras oito empresas estão sendo investigadas pela Operação Orange a partir de documentos apreendidos na segunda fase da ação. Com isso, sobe para 21 o número de empresas suspeitas de serem ‘laranja’ e funcionarem apenas para venda de notas fiscais falsas. As informações foram divulgadas na manhã desta segunda-feira (17). “Cada pena que a gente puxa, vem uma galinha”, compara o gerente da Receita Estadual, Francisco Cirilo Nunes.

A primeira fase da operação aconteceu no dia 11, quando foram identificadas 13 empresas falsas atuando em João Pessoa e Bayeux. O homem apontado como líder do grupo criminoso desarticulado comprava notas falsas e tinha três CPFs e cinco RGs.

As oito novas empresas entraram na lista das suspeitas a partir de documentos apreendidos na segunda fase da operação, realizada entre quinta (13) e sexta-feira (14). Foram cumpridos mandados de condução coercitiva e de apreensão nas casas de dois suspeitos de envolvimento com o esquema, entre eles a ex-esposa do homem considerado como o cabeça do esquema.

Nas casas, foram encontrados documentos de dez empresas, sendo que apenas duas delas já faziam parte da primeira lista. “Já verificamos que uma delas faturou R$ 2 milhões em comprar nada”, adianta o Francisco. Segundo a delegada Daniela Vicuna, a polícia não descarta a participação de algumas dessas empresas e, licitação, o que deve ser investigado a partir de agora.
Onze pessoas presas na operação

Depois do depoimento dos dois alvos das conduções coercitivas e com a apreensão dos documentos, a polícia solicitou mandado de prisão para a mulher e para um homem considerado colaborador do esquema. Com estas prisões, sobe para 11 o número de presos na operação.

Segundo o gerente da Receita Estadual, Francisco Cirilo, a investigação começou quando uma empresa caiu na ‘malha fina’ por ter vendido R$ 400 mil sem ter efetuado nenhuma compra. O órgão identificou os sócios e o contador e teve início o trabalho de investigação.

A delegada Daniela Vicuna explica que o grupo deve ser indiciado por crime tributário, falsificação de documentos, uso de documentos falsos, falsidade ideológica, e formação de quadrilha e, somadas, as penas por estes crimes passam de 24 anos de prisão.
Todos têm conhecimento, diz delegada

Daniela explica que o grupo envolvido nos crimes tem papéis diferentes, mas todos tinham conhecimento do esquema e todos contribuiam de forma efetiva na comercialização das notas das empresas. Segundo ela, as notas fiscais eram usadas para regularizar mercadoria comprada de forma ilícita.
O crime, segundo a promotora Renata Carvalho, favorece a concorrência desleal, já que o comerciante “consegue a mercadoria por um preço mais atrativo, repassa esse preço ao consumidor, concorrendo de forma desleal com quem compra de forma legal e paga os impostos”.

 

 
Créditos: G1