A audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara virou uma confusão com um bate-boca entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e parlamentares.
Tudo começou porque o ministro Guedes defendia a economia de R$ 1 trilhão em 10 anos com a reforma da Previdência para garantir a implementação do sistema de capitalização que, nas palavras dele, vai impedir que “filhos e netos de parlamentares e gerações futuras sofram com o mesmo problema do Rio de Janeiro e alguns Estados que não podem pagar salários” e passam por grave situação financeira.
Neste momento, deputados começaram a fazer comentários em voz alta, fora do microfone sobre a capitalização, citando o sistema chileno – que passou por alterações por não garantir um benefício mínimo para os trabalhadores de menor renda. Guedes não ouviu calado e disse que: “Acho que na Venezuela está melhor.” “Falem mais alto, eu não estou ouvindo”, provocou Guedes, gesticulando.
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Depois disso, houve bate-boca com os parlamentares. O presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), chegou a pedir respeito por parte dos dois lados. “Peço respeito de ambas as partes. O Brasil inteiro está ouvindo esta audiência”, disse. “Sem manifestações no plenário! Não tolerarei manifestações positivas ou negativas”, complementou. “Isso não é briga de rua”, chegou a dizer o presidente da CCJ.
Guedes afirmou que cometeu um erro ao tentar responder uma dúvida da deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) sobre o impacto da transição de um regime de repartição para um regime capitalizado.
“Cometi um erro sério aqui, eu tentei responder a uma colocação da deputada Gleisi. Me aconselharam para não reagir. Mas quis ser atencioso. Eu sou muito respeitoso. Os senhores têm muita familiaridade com esse ambiente e eu não. Os senhores poderiam ter um pouco de atenção comigo e entender que eu posso cometer erros”, ressaltou. “Cometi o erro de interagir. Quando fiz isso, vocês transformaram isso em outra coisa”, disse Guedes.
Fonte: Canal Rural / Midia Ninja
Créditos: Canal Rural / Midia Ninja
