Um homem foi condenado a 24 anos, dez meses e 20 dias de prisão por estrangular e matar a própria filha, de apenas nove anos. A condenação foi conhecida nessa quinta-feira (24) mediante júri popular. Rodson Rui de Oliveira Torres foi sentenciado em regime fechado e já saiu da sessão preso.
A condenação, no entanto, veio após mais de 17 anos do crime. O episódio aconteceu em 2006, em Fortaleza-CE. O autor do crime foi condenado por homicídio qualificado. Ele tinha 34 anos à época.
Em sua defesa, o pai disse que a criança teria morrido sufocada após ter se enrolado em uma rede em que estava brincando. A perícia, no entanto, apontou que a rede estava entre 20 e 45 centímetros do chão, e a menina possuía 1,3 metros de altura, concluindo que não teria como ela ter sufocado.
Durante as investigações o pai disse que viu a filha pendurada “asfixiada” na rede, mas achou que fosse brincadeira e que a menina estivesse fingindo. Com isso, desceu para cozinha e só voltou para onde ela estava após 15 minutos, quando percebeu que não era uma brincadeira.
Ele argumentou então que deu um banho na menina, que a esta altura já estava morta, e tentou reanimá-la. E só então chamou a ambulância. Antes do socorro chegar, ele desarmou a rede na qual a filha teria morrido.
Porém, documentos envolvidos no processo apontam que o pescoço da criança apresentava escoriações típicas de estrangulamento. A acusação afirma que tanto o banho quanto o período até chamar a ambulância foram utilizados pelo pai para tentar limpar evidências do estrangulamento na vítima.
O Ministério Público do Ceará (MP-CE), por meio da 1ª Promotoria Auxiliar do Júnior, ofereceu a acusação contra Rodson em 2010 e a denúncia foi aceita em 2019.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba