Rachas com carros de luxo, construtoras fantasmas, grandes fazendas e até festa com dupla sertaneja famosa foram o estopim para PF (Polícia Federal) identificar um esquema grandioso de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
A Operação Status – que visa o combate da lavagem de dinheiro do tráfico de cocaína – prendeu três líderes do esquema nesta sexta-feira (11), em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, na divisa com Ponta Porã. A investigação contou com a participação da Receita Federal, Ministério Público Federal e SENAD/Paraguai.
De acordo com a PF, a lavagem era feita através de doleiros e operadores, que passavam por casas de câmbio em Curitiba e São Paulo. Depois o dinheiro era encaminhado para essas empresas fantasmas e contas de laranja que sustentavam o alto padrão dos envolvidos.
A maioria das pessoas que participava do esquema eram parentes dos principais envolvidos e ostentavam uma vida de luxo incompatível com seus ganhos.
Sequestro de bens milionários
Após intensa investigação, a Justiça determinou o sequestro de R$ 230 milhões em patrimônio do tráfico no Brasil e no Paraguai.
No Brasil, as autoridades realizaram o sequestro de 42 imóveis, duas fazendas, 75 veículos, embarcações e aeronaves. Os valores somados atingem R$ 80 milhões em patrimônio adquirido pelos líderes da organização criminosa.
No Paraguai, foram sequestrados dez imóveis, no valor aproximado de R$ 150 milhões.
Nova abordagem de combate ao tráfico
Durante a coletiva da Operação Status – que combate diretamente a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas – a PF (Polícia Federal) afirmou que a chave do combate de drogas no Brasil é a descapitalização patrimonial, prisão de lideranças e cooperação internacional.
“Se um carregamento de droga for apreendida, outros cem irão passar. Não é com apreensão que se combate o tráfico de drogas”, afirmou Elvis Secco, coordenador geral de repressão a drogas e facções criminosas da Polícia Federal.
Essa foi a 4ª operação da Polícia Federal em um mês contra a lavagem de dinheiro do tráfico de drogras no Brasil e fronteira.
Fonte: R7
Créditos: R7