A Superintendência Regional da Polícia Federal, no Recife, acabou de confirmar as prisões do prefeito de Agrestina, Thiago Nunes (MDB), e do vice, Zito da Barra, dentro da terceira fase da operação Pescaria, que dá continuidade às ações repressivas iniciadas em 2018 para desarticular uma organização criminosa especializada no desvio de recursos públicos na administração municipal. Dois vídeos mostram o momento em que o prefeito foi detido. Assista.
Os investigados foram denunciados por crimes como peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e de compor uma organização criminosa. Ao todo, a PF cumpre cinco mandados de prisão preventiva, 13 de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais, além de mandados de afastamento de funções públicas dos ocupantes de cargos na Prefeitura de Agrestina e de quebra de sigilos bancário e fiscal dos investigados, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
A operação investiga a lavagem dos lucros obtidos de forma ilícita pela organização criminosa, feita por meio da utilização de conta bancária de titularidade de um laranja vinculado ao grupo. Esta conta servia aos investigados para o recebimento de transferências e depósitos em espécie, na sua maioria valores baixos e sem a identificação da origem.
Além disso, realizavam saques de valores altos e atuavam com cheques assinados em branco. Tudo isso com o objetivo de dificultar a identificação da origem criminosa do dinheiro. Havia, ainda, contratação fraudulenta de empresa de fachada com recursos oriundos de verbas federais, o que frustrava o caráter competitivo do processo licitatório.
Para a terceira fase da operação Pescaria, foram mobilizados 70 policiais federais, além de servidores da Controladoria-Geral da União.
Fonte: Blog do Magno
Créditos: Polêmica Paraíba