Em coletiva concedida na tarde desta sexta-feira 27, o delegado Alex Wagner, diretor da Divisão de Polícia do Oeste, confirmou que um pastor é suspeito de participação no crime que vitimou o prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira, e seu pai, Sandi Alves de Oliveira no dia 27 de agosto de 2024.
“Foi preso hoje um pastor. Momentos antes do crime, ele disse onde estava o prefeito e disse para executarem o crime. Ele cogitou que o crime fosse executado dentro de um culto, onde o prefeito Marcelo visitava, porque era um momento que ele estava exposto e vulnerável. Mas aí encontraram um outro menor momento, quando ele estava fazendo campanha política. Ele estava visitando a casa dos moradores da cidade de João Dias em campanha política. Encontraram esse momento de vulnerabilidade e aí as sete pessoas executaram o crime” explicou o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, o líder religioso tinha um relacionamento próximo com os outros supostos mandantes do crime, entre eles a ex-prefeita Damária Jacome e a ex-vereadora Leidiane Jácome, que se encontram foragidas.
Damária foi eleita vice-prefeita na chapa com Marcelo, em 2020. Após a renúncia do gestor, em 2021, ela assumiu a prefeitura, mas, no ano seguinte, foi afastada após uma recomendação do Ministério Público do Rio Grande do Norte. Na ocasião, Marcelo alegou que foi extorquido pela família da vice para abrir mão do cargo principal do Executivo municipal.
“Isso gerou uma cisão política e pessoal entre as famílias. Ao longo dos anos, alguns irmãos de Damária foram mortos em confrontos. Com isso, eles começaram a imputar a Marcelo a responsabilidade pelas mortes, acreditando que ele estava entregando essas pessoas. Houve também a apreensão de um fuzil, atribuída a uma denúncia de Marcelo. Recentemente, houve uma nova disputa política entre os dois. Todo esse histórico culminou no crime”, concluiu.
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão domiciliar nas cidades de João Dias, Patu e Marcelino Vieira. A ação contou com o trabalho de 40 policiais civis da Diretoria de Polícia Civil da Grande Natal (DPCIN) e da Divisão de Polícia do Oeste (DIVIPOE).
Fonte: Tribuna do Norte
Créditos: Polêmica Paraíba