A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (29) a Operação Bouchonée, para apurar possíveis irregularidades em contratos de uma empresa de tecnologia firmados com o Ministério da Integração Nacional, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Ao todo, a PF cumpre 50 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em seis estados, sendo um deles a Paraíba.
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 22 milhões das contas dos investigados. Entre os alvos da operação estão servidores suspeitos de participação no esquema e representantes da empresa que fechou os contratos, que não teve o nome divulgado.
Segundo as investigações, os alvos fraudaram inicialmente uma licitação no Ministério da Integração Nacional, que resultou em uma ata de registro de preços, instrumento que viabilizava que outros órgãos contratassem diretamente a empresa investigada, por meio de adesões a essa ata. Ao todo, os contratos somam R$ 16 milhões.
Os investigados criaram um “kit adesão”, com minutas e modelos de documentos necessários para que outros órgãos formalizassem a adesão à ata de registro de preços do Ministério da Integração. Esse kit era repassado aos servidores públicos cooptados, que, mediante o pagamento de propina, iniciavam o processo de adesão à ata do ministério.
Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 50 anos de prisão.
Além da Paraíba, a PF cumpre os mandados no Distrito Federal, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Norte, São Paulo e Ceará.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba