Agentes da Polícia Civil estiveram na escola particular Nossa Senhora do Carmo, em Cajazeiras, na manhã desta quarta-feira (11), para iniciar uma investigação sobre um grupo de Whatsapp de adoradores do nazismo que estariam planejando um atentado terrorista na escola em homenagem ao atentado do dia 11 de setembro de 2001 às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York.
O delegado do Grupo Tático Especial (GTE), Danilo Charpéu, ficou sabendo da existência do grupo “Alemanha neonazista” após vazamento de prints.
Policiais estiveram na escola e conversaram com o pai de um dos alunos que estaria envolvido no suposto plano de atentado. O delegado Francisco Filho falou à TV Diário do Sertão que o pai estava na escola solicitando a transferência do aluno. No entanto, pai e filho foram conduzidos à delegacia para prestarem depoimento.
“Alguns disseram que estavam apenas brincando. Mas a gente sabe que com isso não se brinca, e a Delegacia de Polícia Distrital está fazendo os devidos procedimentos; estamos abrindo um inquérito policial para apurar esses fatos”.
A Polícia Civil de Cajazeiras abriu inquérito para apurar o caso e saber se existe maiores de idade que estariam usando o grupo de Whatsapp para influenciar estudantes adolescentes a cometerem atentados em escolas.
“Nós vamos tomar conhecimento através desse menor, quais são os outros que participavam desse fato. Inclusive, celulares serão apreendidos para serem encaminhados ao Instituto de Polícia Científica em Patos, onde a gente vai poder tomar conhecimento sobre essas conversações. A nossa preocupação maior são outras pessoas que, talvez, não sejam menores e, infiltrados nesse grupo de menores, podem ter influenciado os menores nesse pensamento”.
A advogada Catharine Rolim, que é mãe de alunos da escola Nossa Senhora do Carmo, participou de uma reunião com pais e mães de alunos e a direção da escola, que avisou quais providências vai tomar.
“A direção tem se cercado de todos os cuidados necessários no sentido de restabelecer o clima de paz no ambiente escolar. Eu vi que a escola vai aumentar a vigilância e a segurança da unidade. Eu entendo que a escola não tem responsabilidade sobre o que aconteceu porque não aconteceu no ambiente escolar”.
Catharine também acionou o Ministério Público para apurar o caso: “Para me precaver e precaver meus filho, fui conversar com a promotora da Infância e da Adolescência, que se comprometeu a adotar todas as medidas que são pertinentes ao Ministério Público”.
Resposta da escola
Procurada pela nossa reportagem, a direção da escola Nossa Senhora do Carmo disse que, orientada pela sua assessoria jurídica, ainda não vai se pronunciar publicamente sobre o caso.
Fonte: Diário do Sertão
Créditos: Diário do Sertão