Empresa afirma que os dados comprometeriam a privacidade de seus usuários
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) entrou no Superior Tribunal de Justiça (STJ) na tentativa de obrigar o Google a disponibilizar alguns dados que podem ajudar na investigação do assassinado da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. A empresa afirma que os dados pedidos são genéricos e não pode fornecê-los, já que comprometeriam a privacidade de seus usuários.
O MP-RJ pede ao Google dados de todos os celulares que passaram no pedágio da Transolímpica, via que liga bairros da zona oeste, em um intervalo de 15 minutos. Foi o local que o carro usado no crime, um Cobalt prata, foi identificado em câmeras de monitoramento pela última vez. A Justiça do Rio atendeu ao pedido, mas a empresa recorreu.
Esta é a segunda vez que eles se enfrentam na justiça durante a investigação. Na primeira, os promotores pediram dados de todos que pesquisaram algumas palavras-chave nos cinco dias que antecederam o assassinato. As palavras são “Marielle Franco”, “vereadora Marielle”, “agenda Marielle”, “agenda vereadora Marielle”, “Casa das Pretas”, “Rua dos Inválidos I22” e “Rua dos Inválidos”. O Google também recorreu neste caso.
O Google afirmou que protege “vigorosamente a privacidade dos usuários” e que busca “apoiar o importante trabalho das autoridades investigativas, desde que os pedidos sejam feitos respeitando preceitos constitucionais e legais”. Além disso, disse que não comenta casos específicos.
Fonte: Olhar digital
Créditos: Olhar digital