EM INVESTIGAÇÃO

MEDIDAS RESTRITIVAS: Modelo brasileira que morreu no Chile será velada nesta terça; familiares não conseguiram viajar até o país por conta da pandemia

 

O velório da modelo brasileira Nayara Vit, de 33 anos, acontecerá nesta terça (13), em Santiago, capital do Chile. Nayara morreu na última quarta (7), após cair do 12º andar do prédio onde morava com o noivo há seis meses.

Na versão do noivo, o executivo de uma empresa de telefonia chilena, Rodrigo Del Valle Mijac, Nayara passou correndo e, sem falar nada, se jogou da sacada.

No entanto, a família enviou um pedido ao governo brasileiro pedindo ajuda para uma investigação mais rigorosa sobre a morte.

Eles descartam a possibilidade de que a modelo tenha tirado a própria vida e acreditam em feminicídio.

Por conta da pandemia e das medidas sanitárias impostas no Chile, a família ainda não conseguiu viajar para o País. A mãe de Nayara, que mora em Porto União (PR), vai acompanhar o velório pelas redes sociais.

“Para entrar no Chile, há necessidade de 15 dias em quarentena, sendo 5 em um hotel indicado pelo Governo e outros 10 dias em um hotel escolhido por nós. Esse prazo não torna possível a realização do velório com a nossa presença. Ao mesmo tempo, não podemos trazer o corpo da Nayara ao Brasil, pois fora aberta uma investigação para averiguar o ocorrido. Sabemos que ela não teria feito isso [se suicidar]”, diz trecho de publicação de Eliane nas redes sociais.

Gabriel Vit, irmão da modelo, chegou a enviar uma carta para o Ministério das Relações Exteriores pedindo que o Brasil atue junto ao governo chileno para solucionar o caso.

Após o fim das investigações, a família pretende cremar o corpo de Nayara, como era o desejo da modelo, que já havia manifestado desejo de que suas cinzas fossem jogadas no mar em Florianópolis (SC), onde o pai dela mora.

“Amava a vida”
Em entrevista ao MidiaNews nessa segunda (12), Eliane revelou que conversou com a filha três horas antes da morte dela. Na chamada de vídeo, Nayara se mostrou animada com a reabertura das academias no país e com o dia que havia tido com a filha.

“São muitas contradições. Todos que a conheciam sabem que ela não tinha nenhuma característica suicida. Ela amava a vida, já passou por muitas dificuldades, muitas barreiras e jamais pensou nisso. Ela era apaixonada pela filha, era uma super mãe”, conta Eliane.

A mãe também acha estranho o fato de que, quando a filha caiu do 12º andar, o noivo não entrou em contato com ela ou com o pai de Nayara.

“Ele sempre me cumprimentava, aparecia no vídeo, dizia ‘Oi sogra, vamos ao Brasil quando a pandemia passar, vamos estar juntos’. Mas ele não ligou para nós [após a morte], ligou para o ex-marido da Nayara e comunicou”, lembra.

Allen tentou ligar para Rodrigo quando soube da morte, mas as ligações não foram atendidas. O corretor de imóveis então mandou mensagem no Whatsapp.

“Ele [Rodrigo] visualizava e não respondia. Depois de meia hora, ele ligou para o pai dela. Disse: ‘Me perdoa, tinha que proteger a Nayara e não consegui’. Disse que ela estava tomando uma medicação muito forte para depressão há três meses”, explica.

A babá da filha de quatro anos de Nayara cuidava da criança em um dos quartos do apartamento e, em conversa com uma amiga da modelo, contou que chegou a ouvir gritos da cuiabana.

Ela também ouviu um barulho de vaso se quebrando antes de ouvir o barulho do corpo de Nayara caindo no chão.

Rodrigo também afirmou que a namorada já havia tentado cometer suicídio em duas outras ocasiões e estava tomando remédios fortes para depressão. Mas a família não acredita na versão.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Midia News