Policiais apreenderam, na casa onde Henrique morava com o avô, no Lago Norte, substâncias iguais às utilizadas em atentado de 2013 nos EUA
Um atentado terrorista ocorrido nos Estados Unidos e que repercutiu em todo o mundo pode ter servido de inspiração para o brasiliense Henrique Almeida Soares, 19 anos, planejar o ataque evitado pela Polícia Civil do Distrito Federal no sábado (29/02/2020). Ele queria detonar explosivos em um show de funk no Setor Comercial Sul (SCS) no fim de semana passado.
Entenda o caso
A Polícia Civil prendeu Henrique Almeida Soares, 19 anos, após ele postar mensagens na internet. Nelas, anunciou que seria protagonista de uma tragédia no Distrito Federal: “Vou fazer uma massacre histórico num showzinho de rap/funk/trap cheio de adolescentes vagabundos descolados e drogados. Com meus conhecimentos em química e acesso a armas ilegais poderei fazer algo esplêndido”, destacou.
E foi ainda mais além. “O plano consiste em liberar gás venenoso ou paralisante na multidão e depois disso detonar um carro-bomba com explosivos destrutivos, os sobreviventes vou matar na bala. Anônimo adoro ver o choro de vocês, não é sonho, é real estou pronto para me vingar e espero que você seja uma vítima mesmo sem nos conhecermos kkkkkkkkkkkkkk.”
VOU FAZER UM MASSACRE HISTÓRICO – Jovem ameaça tragédia em show de rock: VEJA VÍDEO
Os investigadores da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) suspeitam que o rapaz, preso preventivamente, tenha colhido detalhes sobre as bombas usadas no atentado à Maratona de Boston, detonadas em 15 de abril de 2013. Na ocasião, os explosivos foram acondicionados em panelas de pressão e explodiram, deixando três mortos e 264 feridos.
As suspeitas dos policiais se respaldam nas substâncias encontradas na residência onde Henrique morava com o avô, no Lago Norte. Cinco quilos de nitrato de amônio somados a pregos e outras substâncias colocados em uma panela de pressão serviriam para formar uma bomba com alto poder destrutivo, chamada “Anfo” – acrônimo do inglês Ammonium Nitrate / Fuel Oil.
Trata-se de um explosivo produzido pela mistura de hidrocarbonetos líquidos fáceis de encontrar no comércio e em postos de combustíveis. Dois artefatos semelhantes foram usados no atentado à Maratona de Boston. Eles estavam em panelas de pressão repletas de pregos e outros pedaços de metal. Com a detonação, esses materiais tornam-se projéteis, como balas de arma de fogo, lançados em várias direções.
Na casa dele, a polícia apreendeu cinco quilos de nitrato de amônio e um quilo de nitrato de potássio. “O material era suficiente para derrubar uma casa. Ele tinha muito poder de fogo”, destacou o chefe da DRCC, Giancarlos Zuliani Júnior.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles