A edição desse domingo (23) do programa Esporte Espetacular, da TV Globo, revelou uma fraude processual na eleição da advogada Michele Ramalho para a Presidência da Federação Paraibana de Futebol (FPF), supostamente com a ajuda da Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O programa mostrou que a Operação Cartola não foi suficiente para estancar a corrupção no futebol paraibano. As irregularidades teriam começado com a intervenção do STJD sobre a FPF, feita de maneira irregular. O auditor João Bosco Luz, interventor enviado pelo STJD, teria atuado para garantir a eleição de Michele Ramalho.
Ademário Cavalcanti, então diretor de registros da federação, afirmou à reportagem da TV Globo que foi pressionado por João Bosco Luz, para regularizar no sistema da CBF ligas de clubes que não teriam direito a voto nas eleições da FPF. Ele foi afastado da função, e um substituto fez as alterações no sistema. João Bosco negou as acusações.
A reportagem mostrou que o time Diamante Esporte Clube participou do pleito, mesmo sem ter direito a voto no dia da eleição, já que estava irregular. Presidentes de outros clubes teriam sido procurados pela chapa de Michele Ramalho com a promessa de empregos em troca de votos.
Na semana da eleição, o colégio eleitoral, que até então tinha 30 clubes, recebeu mais 4 clubes e 11 ligas irregulares. Entre os novos votantes, 4 clubes e 8 ligas irregulares votaram em Michele Ramalho. A reportagem afirmou que a denúncia será encaminhada ao Ministério Público da Paraíba.
A nova presidente da FPF se manifestou por meio de nota e disse que a eleição dela foi democrática, e as denúncias são recebidas com naturalidades, pois ‘as mudanças em curso no futebol paraibano estão causando desconforto àqueles acostumados com as ilegalidades cometidas antes da eleição [dela]’.
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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba