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Mãe que matou filha recém-nascida e escondeu corpo no escaninho de prédio por 5 anos é presa

Foto: Reprodução

A professora Márcia Zaccarelli Bersaneti, de 41 anos, teve a prisão preventiva decretada na última segunda-feira (14/3) por não comparecer em juízo, após sua condenação por matar a filha recém-nascida e manter seu corpo escondido por cinco anos no escaninho do prédio onde morava, em Goiânia. Ela foi sentenciada a 18 anos de prisão, mas respondia pelo crime em liberdade.

Paulo Borges, seu advogado, afirmou que ainda não se esgotaram os recursos e que Márcia tem cumprido as demandas. Além disso, disse que ela tem um filho de 2 anos, que depende completamente da mãe. “A defesa está espantada com a decisão e vamos recorrer para revogar o mandado de prisão”, disse.

O crime ocorreu em 2011, mas o caso só veio à tona em 2016, quando o corpo da bebê foi encontrada pelo ex-marido de Márcia no escaninho do prédio. Ela foi presa em agosto daquele ano, mas conseguiu recorrer em liberdade.

Entenda o caso

Em vídeo, a professora contou detalhes sobre o crime. “Na rua, andando, eu não sabia mais o que fazer. Ela [bebê] começou a chorar. Estava começando a chover. Eu olhava para ela, depois ela dormiu de novo [respira fundo]. Apertei o narizinho dela”, revelou.

Márcia foi a júri popular em 1º de agosto de 2018, quando foi condenada a 18 anos e 8 meses de prisão pelo assassinato. O juiz Jesseir Coelho de Alcantara afirmou, na sentença, que o crime “exigiu frieza da condenada, uma vez que ela, de forma cruel, tampou o nariz da própria filha recém-nascida causando-lhe a morte”.

Em seu depoimento, a ré contou que a filha, fruto de um relacionamento extraconjugal com um colega de trabalho, nasceu em 15 de março de 2011. Seu marido não podia ter filhos, já que havia feito uma vasectomia.

Segundo ela, tanto o amante como o marido sabiam da gravidez, mas nenhum queria assumir a criança e haviam pedido para ela realizar um aborto, que ela se recusou.

Quando começou a sentir contrações e entrar em trabalho de parto, seu marido disse para ela “sumir de casa e dar um jeito”, conforme contou em depoimento. Ela ligou para um amigo, que a levou para um hospital e deu R$ 3 mil para ela fazer um parto cesárea.

Márcia contou que era mal tratada pelo ex-companheiro e que o homem só denunciou o caso à polícia para que, no processo de separação, ela não tivesse acesso aos bens do casal.
 

Fonte: Pragmatismo Politico
Créditos: Pragmatismo Político