A Justiça da Paraíba adiou para 24 de novembro o julgamento do empresário Ruan Ferreira de Oliveira, conhecido como Ruan Macário. Ele é acusado de atropelar e matar o motoboy Kelton Marques, de 33 anos, no dia 11 de setembro de 2021.
Réu confesso, Ruan vai a júri popular por homicídio qualificado com dolo eventual, que é quando se assume o risco de matar. O julgamento deveria acontecer na próxima quinta-feira (14), mas foi adiado a pedido da defesa.
“Defiro o pedido, acatando excepcionalmente a justificativa apresentada pela defesa, de que possui outras audiências agendadas para a mesma data, considerando que é o primeiro pedido de adiamento formulado e não existirá prejuízo ao processamento do feito”, decidiu a juíza de Direito Francilucy Rejane de Sousa Mota Brandão.
O julgamento acontecerá a partir das 9h, na 2ª Vara do Tribunal do Júri. Ruan permanecerá em prisão preventiva, no presídio de Catolé do Rocha, onde está desde o dia 29 de julho.
Relembre o caso
Kelton Marques de Sousa, de 33 anos, foi vítima de crime de trânsito no dia 11 de setembro de 2021, no cruzamento das avenidas Flávio Ribeiro Coutinho (Retão de Manaíra) e Miriam Barreto Rabêlo, em João Pessoa. Ele foi atingido por um carro em alta velocidade, conduzido por Ruan Ferreira de Oliveira.
Kelton seguia em velocidade normal pela Avenida Miriam Barreto Rabêlo quando foi atingido por Ruan. Ele foi arremessado a alguns metros e teve morte instantânea. Vídeo gravado de dentro do carro mostra que o automóvel trafegava a 163 km/h e ultrapassou o sinal vermelho no Retão de Manaíra. A gravação foi obtida pela família da vítima junto à polícia e cedida à imprensa.
O carro de Ruan Ferreira de Oliveira se chocou com o muro de um condomínio e ficou parcialmente danificado. Imagens registradas por câmeras de segurança da região mostram o motorista fugindo a pé, aparentemente sem ferimentos. Latas de cerveja vazias e maconha foram encontradas dentro do automóvel.
Desde a data do crime, familiares e colegas de Kelton Marques realizaram vários protestos na Capital para cobrar justiça. Pouco mais de dez meses se passaram sem que a Polícia Civil conseguisse cumprir o mandado de prisão preventiva expedido contra o acusado.
Ruan Ferreira de Oliveira só foi preso em 29 de julho deste ano. O acusado se apresentou na delegacia de Catolé do Rocha, no Sertão da Paraíba, acompanhado pelo advogado. Ele foi levado ao Presídio de Catolé do Rocha, onde permanece à disposição do Judiciário.
Fonte: Portal Correio
Créditos: Polêmica Paraíba