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JOÃO PESSOA – O Conselho de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB) realizou, nesta segunda-feira (17/02), a interdição ética dos serviços do Centro Material e Esterilização (CME) da Clínica Dom Rodrigo, em João Pessoa.
A interdição ocorreu devido a suposta falta de segurança técnica, reutilização indevido de materiais, falta de treinamento da equipe e supostos riscos iminentes de contaminação cruzada, comprometendo a segurança do paciente.
De acordo com o relatório da fiscalização do Coren-PB, a clínica reutilizaria agulhas classificadas como de uso único, provavelmente utilizadas em cirurgias cardíacas.
A prática viola normas regulatórias e representa um grave risco de contaminação e infecção para os pacientes, especialmente em procedimentos de alta complexidade.
“Foi uma medida necessária diante de graves irregularidades que colocam em risco a vida dos pacientes e o exercício seguro da nossa profissão. Não podemos permitir que práticas inadequadas, como a reutilização de materiais descartáveis e a ausência de profissionais habilitados, comprometam a integridade do cuidado”, ressaltou Rayra Beserra, presidente do Coren-PB.
O documento também aponta inexistência de anotação de responsabilidade técnica, inadequação de registros e da escala do serviço de enfermagem, inexistência da Comissão de Ética de Enfermagem, exercício ilegal da profissão, inexistência de enfermeiro na área do Centro de Material e Esterilização (CME) e Centro Cirúrgico, número insuficiente de profissionais, inexistência do planejamento e programa de enfermagem.
A Interdição Ética é uma prerrogativa do Conselho Regional de Enfermagem regulamentada pela Resolução Cofen nº 565/2017, com o objetivo de garantir a qualidade da assistência e a integridade física da população e dos profissionais de Enfermagem durante o exercício profissional.
Fonte: Coren
Créditos: Polêmica Paraíba