Um homem, suspeito de matar a esposa, tentou enganar a polícia ao forjar a cena do crime para que parecesse suicídio, de acordo com a delegada da Polícia Civil Sabrina Alexandrine. O caso aconteceu em Curitiba.
Nelson Rogério Prado está preso preventivamente, ou seja, por tempo indeterminando desde quarta-feira (22). Ele havia se apresentado para a polícia um dia depois do crime, ocorrido em 23 de julho.
O G1 tenta localizar o advogado do suspeito.
Prado tem 43 anos. A professora Adriana Cristina Cazon dos Santos tinha a mesma idade.
Lesões
Ela foi encontrada em casa – no bairro Atuba – em uma situação que, segundo a Polícia Civil, aparentava ser suicídio por enforcamento.
Contudo, indícios como duas lesões grandes na cabeça e sulcos no pescoço não indicavam suicídio por enforcamento, mas homicídio, conforme a perícia. Os sulcos eram compatíveis com estrangulamento, disse a delegada.
Ao se apresentar na delegacia, Prado foi preso, pois havia um mandado de prisão temporária contra ele.
De acordo com a delegada, a prisão em flagrante não foi possível, já que tinha se passado um dia do crime. A delegada afirmou que, durante o interrogatório, o suspeito ficou calado.
Por meio de depoimentos de testemunhas e da análise do celular da vítima, a polícia constatou que o casal tinha brigado na manhã do dia do crime. O motivo seria uma suposta traição de Adriana.
Controlador, agressivo e ciumento
Segundo as testemunhas, o suspeito é controlador, agressivo e ciumento. Inclusive, a professora queria se divorciar, mas, conforme a delegada, Prado não aceitava.
A delegada explicou que Adriana nunca registrou Boletim de Ocorrência (B.O.) contra o marido para tentar preservar a imagem da família.
O casal tem um filho de quatro anos. A polícia não soube dizer se a criança estava em casa no momento do crime. Também não foi dito há quanto tempo eles eram casados.
Indiciado
A Polícia Civil informou que o suspeito foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e por razão de gênero – o que caracteriza feminicídio. Se condenado, a pena pode variar de 12 a 30 anos de prisão.
Além disso, ainda de acordo com a polícia, Prado pode responder por fraude processual devido ao fato de ter montado a cena do crime para confundir a investigação. A pena para esse crime é de três meses a dois anos de reclusão.
Fonte: G1
Créditos: G1