A promessa de uma “OAB sem Assédio” feita pelo presidente da OAB-PB, Harrison Targino, está cada vez mais distante da realidade. Após graves denúncias de assédio moral, envolvendo câmeras de segurança e cópias de chaves para invasão de salas de funcionárias e gabinetes de diretoras da Ordem, surge mais um caso que revela assédio moral e abuso de poder na gestão.
Clemerson Costa Pontes, motorista do presidente, vive uma rotina de excessos de trabalho, abuso e desrespeito. Com mais de 600 horas extras em aberto, sem compensação e sem pagamento, Clemerson não apenas enfrenta cargas horárias ilegais, mas é repetidamente humilhado no ambiente de trabalho.
Segundo relatos obtidos por este editor, Larissa Bonates, sob a orientação de Targino, e que tem por dever, enquanto diretora da OAB-PB, zelar pela legalidade, também colabora com as violações dos direitos do motorista.
A diretora, pessoa muito próxima ao presidente, conhecida por sua atuação como advogada trabalhista, orientou ao motorista que evitasse o registro das horas extras, impedindo que os excessos fossem devidamente documentados.
Ainda existem relatos de ocasiões onde o motorista, a mando de Harrison Targino, foi obrigado a conduzir o veículo que é destinado exclusivamente à comissão de prerrogativas da OAB em alta velocidade para atender às demandas do presidente, colocando em risco sua segurança e a dos demais.
No entanto, paradoxalmente, foi muitas vezes advertido pelo presidente por conduzir o veículo em velocidade excessiva.
Com o caso de Clemerson ganhando visibilidade, advogados e funcionários da Ordem se perguntam o que mais pode surgir. A postura política de Harrison Targino em favor de uma “OAB sem Assédio” e que “dá o exemplo” está em flagrante desacordo com suas práticas na condição de presidente da Ordem.
Esta nova denúncia adiciona mais uma peça a um quebra-cabeça que desenha uma gestão pautada pelos assédios morais e que se distancia, dia após dia, de sua vã promessa de respeito e ética.
Aparentemente, funcionários e advogados da instituição temem expor a totalidade dos abusos, preocupados com possíveis represálias. Novos casos de abuso, ainda não revelados, podem vir à tona a qualquer momento. O Ministério Público do Trabalho já tem em suas mãos informações suficientes para realizar investigações profundas.