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Golpe contra políticos pode envolver funcionários de operadora, diz polícia

Golpe contra políticos pode envolver funcionários de operadora, diz polícia

Os recentes golpes aplicados via WhatsApp utilizando os nomes das vereadoras Helena Holanda e Eliza Virgínia, ambas do Progressistas, e do deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) vão ser alvo de uma investigação da Polícia Civil. Nos crimes contra as vereadoras, a suspeita é de que funcionários da operadora de telefonia tenham participação na fraude.

Ao Portal Correio, a delegada Andrea Melo, adjunta da Delegacia de Defraudações de João Pessoa, informou que a vereadora Eliza já prestou Boletim de Ocorrência (B.O) sobre o crime e que ouve nesta sexta-feira (12) a vereadora Helena Holanda, que também vai registrar B.O.

A delegada adiantou que, nos dois casos, o modo de ação do bandido foi idêntico, o que possivelmente mostra que a mesma pessoa tenha cometido os crimes.

“Como no caso da Eliza já ouvimos ela, decidimos por oficializar a operadora e estamos esperando uma resposta para dar prosseguimento à operação. No dia do crime, Eliza ficou sem sinal de celular por três horas e não conseguiu acessar o WhatsApp. Depois, outra pessoa tomou posse do número e se passou por ela, pedindo dinheiro a amigos para pagar uma dívida”, contou a delegada.

Para a polícia, foi nesse meio tempo em que Eliza ficou sem acesso à linha telefônica e ao WhatsApp que o bandido conseguiu bloquear o chip e o reativou, usando o número da vereadora no aplicativo e se passando por ela.

“Duas pessoas próximas à vereadora efetuaram depósitos bancários pensando ser para ela, quando na verdade o dinheiro foi parar na conta do bandido. O questionamento à operadora é para saber como o bandido conseguiu bloquear e reativar o número da vereadora e dependendo de como isso ocorreu, iremos saber se houve participação de algum funcionário, rastreando essa movimentação e chegando aos criminosos”, afirmou a delegada Andrea Melo.

No caso da vereadora Helena Holanda, ela relatou por meio das redes sociais que alguém teria clonado o WhatsApp dela e também estaria se passando por ela, pedindo dinheiro emprestado e solicitando dados bancários de amigos e familiares.

Deputado também foi vítima
A mais recente vítima desse crime foi o deputado federal Pedro Cunha Lima. Segundo Pedro, alguém se fez passar por ele no WhatsApp e tentou comprar um carro em João Pessoa. O caso também vai ser denunciado na Delegacia de Defraudações.

O golpista utilizou um número de celular diferente do utilizado por ele, mas cadastrou o seu nome e ainda utilizou uma foto sua. Depois disso, a pessoa entrou em contato com um vendedor de carros se dizendo interessado na compra de um veículo.

“Foi nessa hora que o filho do vendedor me reconheceu por meio da foto e entrou em contato com nossa assessoria para certificar se realmente eu estaria tentando comprar um carro. Então o golpe foi descoberto e evitamos que o vendedor tivesse o prejuízo”, explicou o deputado.

Vítima precisa fazer B.O
A delegada Andrea Melo também informou que a orientação em casos como este é que a vítima registre um B.O na Polícia Civil para registrar o crime, fazendo com que a polícia abra uma investigação.

Além disso, é necessário que pessoas que recebam mensagens ou ligações de amigos, mas suspeitem que o interlocutor é um golpista, busquem se certificar se o contato feito é realmente de alguém conhecido.

“Quando você receber uma mensagem solicitando um empréstimo é preciso verificar se realmente é a pessoa que você conhece que está pedindo o dinheiro. Para isso, busque fazer uma videochamada. Em caso de dúvidas nunca deposite dinheiro”, contou a delegada.

Fonte: Portal Correio
Créditos: Portal Correio