Uma garota de programa é suspeita de matar um coronel aposentado Roberto Antônio Perdiza, da Força Aérea Brasileira (FAB), e assumir a identidade dele por, pelo menos, quatro meses como forma de acobertar o crime. O caso aconteceu em agosto do ano passado, em Natal (RN), e foi investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PC-RN).
Segundo informações do programa ‘Fantástico’, da rede Globo, Jerusa teria contratado um matador de aluguel para cometer o assassinato de Roberto. De acordo com as investigações, o assassino teria se passado por motorista de aluguel, num plano elaborado com a prostituta e e pego o casal na saída de um estabelecimento, no dia 30 de agosto de 2022. O corpo do coronel só foi encontrado três meses depois em um terreno. Em seguida, Jerusa e o matador de aluguel foram presos acusados de latrocínio. A polícia afirma que a morte ocorreu por que a garota tinha a intenção de vender o apartamento da vítima e ficar com o dinheiro.
Como ocorreu
Além disso, um advogado e amigo de Perdiza, também estranhou a sua ausência do homem e telefonou pra ele. No entanto, quem atendeu a foi Jerusa. “Liguei após três dias tentando. Sabia que uma namorada estava morando com ele”, disse o colega do militar aposentad o. De acordo com o advogado, ele disse que o ex-coronel ligaria para ele. “Como ela não tinha família em Natal, ele ofereceu o apartamento como moradia”, completa o jurista, que abriu um Boletim de Ocorrência.
Em depoimento à polícia, Jerusa negou que morava com o idoso e que também estava começando a ficar preocupada. Ela afirmou aos agentes que conversava com ele apenas por vídeo-chamada. Enquanto isso, os parentes continuavam recebendo mensagens e fotos enviadas do celular do ex-militar.
Nesse meio tempo, a Polícia Civil notou que a garota de programa estava retirando dinheiro da conta do companheiro e que, também, estava tentando vender o apartamento dele.
Áudio
As investigações apontaram ainda que Jerusa chegou a enviar áudios do celular do coronel para o amigo e advogado da vítima. No entanto, ele percebeu, posteriormente, que se tratava de um recorte de uma outra gravação enviada pelo amigo, meses antes.
Segundo a polícia, em seguida, Jerusa mudou a postura. Sob a identidade do ex-coronel, ela passou a enviar mensagens como “me deixem em paz” e “estou no Rio de Janeiro“. Ao delegado que investigava o caso, ela afirmou que havia falado com Roberto por vídeo-chamada, e que ele teria confirmado a estadia em terras fluminenses.
Logo depois, um corpo foi identificado sem a cabeça e sem as mãos num terreno em Macaíba, cidade vizinha a Natal. A perícia, no entanto, confirmou que tratava-se dos restos do ex-coronel. Nisso, após analisar imagens do prédio a polícia constatou que Perdize deixou sua casa no dia 30/8 e foi encontrar Jerusa num bar próximo. Após isso, os dois teriam ido a um motel e, na volta, o assassino de aluguel se passou por motorista de aplicativo e assassinou o ex-militar.
Fonte: IG
Créditos: IG