A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurava a morte de Maria Fernanda Camargo, de 5 anos, que morreu após sofrer queimaduras em um ritual no dia 24 de março na cidade de Frutal, no Triângulo Mineiro. As investigações da 3ª Delegacia Regional de Frutal concluíram que o guia espiritual e seu auxiliar, além de parentes da vítima – mãe, avós maternos e tia – assumiram o risco de matar a criança. As informações são do Estado de Minas.
Os seis suspeitos responderão por homicídio com dolo eventual – aquele que a pessoa prevê que suas atitudes podem resultar na morte de uma outra pessoa, mas, mesmo assim, prossegue com a ação, assumindo o risco de matar.
A mãe da vítima, a avó materna, a tia e o guia estão presos na Penitenciária Professor Aloísio Inácio Oliveira, em Uberaba, a cerca de 130 quilômetros de Frutal. Já o avô de Maria Fernanda e o auxiliar do líder espiritual respondem pelo crime em liberdade provisória.
“A PCMG requisitou ao Poder Judiciário pela conversão das prisões temporárias em preventivas, sendo deferidos os pedidos referentes à mãe, à tia, à avó e ao líder espiritual. Quanto ao avô da vítima e ao auxiliar do líder espiritual, a Justiça concedeu liberdade provisória”, explicou a PCMG, por meio de nota.
Primeira versão dos suspeitos foi de acidente doméstico À época do crime, em 24 de março, os suspeitos disseram ao delegado de plantão da Polícia Civil de Frutal que Maria Fernanda teria se ferido em um acidente doméstico envolvendo álcool e uma churrasqueira.
“Contudo, as investigações apontaram que a vítima teria sido utilizada em um ritual de evocação e incorporação de espíritos, na companhia dos avós, da tia e da mãe”, destacou a nota da PC.
Ainda segundo a PC, o homem apontado como líder espiritual teria jogado álcool com ervas no corpo da criança e, posteriormente, ateado fogo usando uma vela, queimando-a viva”, complementou o comunicado.
A pequena Maria Fernanda morreu em decorrência de queimaduras que atingiram quase 100% do corpo dela. Ela faleceu na madrugada de quinta-feira, 25 de março,em um hospital de São José do Rio Preto (SP).
A vítima, que cursava o primeiro ano do ensino fundamental da Escola Particular Vencer, em Frutal, foi sepultada no Distrito de Santo Antônio do Rio Grande, conhecido como Lagoa Seca, em Fronteira (MG), a cerca de 60 quilômetros de distância – Correio Braziliense.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Estado de Minas