A juíza Rosângela Rodrigues dos Santos aceitou a denúncia contra João de Deus e, com isso, ele passou a ser réu pelos crimes de estupro de vulnerável e violação sexual. Ele foi acusado por dezenas de mulheres de cometer os abusos durante tratamento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, onde fazia atendimentos. O médium sempre negou os crimes. A informação foi confirmada por fontes da TV Anhanguera.
O G1 tenta contato por telefone e mensagem com o advogado de defesa Alberto Toron desde as 12h15 para comentar o andamento do processo, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
João de Deus, que está preso desde 16 de dezembro no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia, está sendo ouvido nesta quarta-feira (9) em outro caso: por posse ilegal de arma. A investigação foi aberta pela Polícia Civil após serem encontrados revólveres e pistolas na casa dele durante operações de busca e apreensão.
A delegada Karla Fernandes, que coordena a força-tarefa, chegou por volta das 11h20 ao Núcleo de Custódia. A corporação não divulgou detalhes sobre o interrogatório. Esta é a segunda vez que o médium é ouvido pela polícia.
Situação atual
Ministério Público Estadual de Goiás denunciou João de Deus por violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável no dia 28 de dezembro.
O órgão também recorreu de decisão que determina prisão domiciliar de João de Deus por posse de arma, em 29 de dezembro;
Médium está preso desde o dia 16 de dezembro;
Ele é investigado por estupro, estupro de vulnerável, violação sexual mediante fraude e posse legal de arma;
João de Deus já tinha prestado depoimento para a Polícia Civil quando foi preso, e ao MP-GO no dia 26 de dezembro;
Esposa do médium foi ouvida pela Polícia Civil no dia 26 de dezembro e disse que não sabia de crimes;
Justiça concedeu prisão domiciliar por posse de armas no dia 27 de dezembro, mas ele segue preso por violaçõa sexual. João de Deus teve habeas corpus negado no TJ-GO e STJ e aguarda decisão do STF;
Após o médium passar mal na prisão no dia 2 de janeiro, o presidente do Supremo pediu novas informações sobre o estado de saúde de João de Deus à Justiça de Goiás. Juíza Marli de Fátima Naves diz que não havia necessidade de transferência para hospital;
Diante dessa informação, o ministro Dias Toffoli pediu novo parecer à PGR, que continuou contrária ao habears corpus.
Fonte: G1
Créditos: G1