O dono de uma loja de carros de João Pessoa que teria desaparecido com os veículos e deixado um prejuízo de pelo menos R$ 3 milhõesse apresentou na manhã desta terça-feira (2) e prestou depoimento na Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) da Polícia Civil da capital paraibana. Segundo o delegado Lucas Sá, o depoimento durou mais de três horas e o suspeito contou a versão dele sobre o caso.
“Ele explicou a trajetória dele no comércio de veículos, quem eram os sócios e investidores dele e também os motivos que o levou a fechar a empresa. Ele negou ter fugido de João Pessoa e desaparecido com os veículos e disse que a maior parte dos carros que estavam na loja eram de investidores e foram devolvidos”, disse o delegado.
O caso ganhou destaque na quinta-feira (27), depois que vítimas procuraram a DDF informando que a loja funcionou até a sexta-feira (21) e na segunda-feira (24) estava fechada e com cerca de 100 veículos desaparecidos. As vítimas disseram que o dono não deu nenhuma explicação aos clientes sobre o fechamento e o prejuízo inicial foi estimado em R$ 3 milhões.
“Ele contou que a loja tinha capacidade para negociar até 100 veículos, mas que em razão da dificuldade do comércio, atualmente só existiam 40 veículos na loja, sendo 80% de investidores. No depoimento ele contou que devolveu esses veículos para os donos”, contou Lucas Sá.
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A loja funcionava no bairro Brisamar, na BR-230, próximo ao Hospital de Trauma de João Pessoa. Segundo a Polícia Civil, o CNPJ do estabelecimento estava ativo desde 2011. O delegado explicou que alguns veículos o dono tinha pego como pagamento e outros eram de pessoas que deixaram os carros na loja para serem vendidos.
O empresário foi intimado por meio da mãe dele, que prestou depoimento na segunda-feira (1º), e após ser ouvido foi liberado, uma vez que não houve flagrante. Até a tarde desta terça-feira, 34 vítimas prestaram boletim de ocorrência na delegacia e a polícia vai investigar cada um dos casos para identificar se há suspeitas de fraudes nas negociações dos veículos.
“Ele foi informado de que vai ter que esclarecer cada um dos casos que chegarem até a delegacia. Se ao final do inquérito, que deve ser concluído em até um mês, houver indícios de fraude em algum desses casos, ele poderá ser indiciado pelo crime de estelionato”, comentou o delegado.
Fonte: G1PB
Créditos: G1PB