Suspeitos de participação na morte de Henry Borel Medeiros, de 4 anos, o vereador carioca Dr. Jairinho (Solidariedade) e a mãe do menino, Monique Medeiros, foram presos pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (8/4). Para os investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca), a criança foi assassinada há um mês.
Os mandados de prisão temporária, de 30 dias, foram expedidos nessa quarta-feira (7/4) pelo 2º Tribunal do Júri da Capital. O casal é suspeito de atrapalhar as investigações, ameaçar e combinar versões de testemunhas.
De acordo com as investigações conduzidas pela Polícia Civil do Rio, Jairinho, que era padrasto do menino, batia em Henry com bandas, chutes e pancadas na cabeça. A mãe, que é professora de formação, tinha conhecimento das agressões, pelo menos, desde 12 de fevereiro, ainda segundo os policiais.
Entenda o caso
Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março, ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo o pai Leniel Borel, ele e o filho passaram, normalmente, o fim de semana juntos. Por volta das 19h do dia 7, o engenheiro o levou de volta para casa, onde o menino morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho.
O pai de Henry relata que, por volta das 4h30 do dia 8, recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o garoto apresentava dificuldades para respirar.
Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O menino morreu às 5h42, conforme registro policial feito pelo pai da criança.
Segundo depoimentos prestados por Monique e Jairinho na 16ª DP, eles assistiam a uma série na televisão, quando, por volta das 3h30, encontraram Henry caído no chão, com mãos e pés gelados e olhos revirados. Elesa alegam acidente doméstico.
Laudo mostra lesões graves
O laudo de exame de necropsia no corpo de Henry foi o principal ponto de partida para a investigação sobre a morte do menino de 4 anos. Assinado pelo perito Leonardo Huber Tauil do Instituto Médico-Legal (IML), o documento ao qual o Metrópoles teve acesso revela que o garoto morreu por hemorragia interna, laceração hepática por ação contundente, como socos e pontapés.
Foram identificadas múltiplas lesões nos rins, pulmão, nas costas e cabeça. Depois de ouvir 17 testemunhas, a Polícia Civil do Rio de Janeiro conta ainda com uma força-tarefa com peritos que ainda está debruçada em analisar 11 celulares e três computadores, apreendidos no último dia 26, de Monique, Jairinho e do pai de Henry, Leniel Borel. Investigadores tentam recuperar mensagens apagadas dos celulares do casal, que teriam sido apagadas na noite da morte da criança.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles