A Polícia Civil e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) estão apurando um caso em que uma aluna do campus de Patos, no Sertão da Paraíba, teria sido agredida por outro aluno da instituição em uma calourada. De acordo com o relato da aluna à polícia, a agressão teria acontecido após ela ter se recusado a dançar com ele durante a festa.
O caso aconteceu na noite da última quinta-feira (3), em uma área de lazer, fora do campus, onde estava sendo realizada a calourada. A aluna, que teria sido vítima da agressão, tem 18 anos e é estudante do curso de biologia. Já o aluno, Rodolfo Cunha, cursa medicina veterinária.
Em nota, os advogados do suspeito disseram que, em nenhum momento, ele tentou ter contato com a jovem, como também negam a agressão. Rodolfo espera que os fatos sejam esclarecidos porque, segundo os advogados, ele é inocente.
Em depoimento à polícia, a jovem relatou que estava com um grupo de amigos quando o rapaz se aproximou, com sinais de embriaguez, chamando-a para dançar. Ela recusou e alguns instantes depois ele voltou a insistir que ela dançasse com ele. A jovem, mais uma vez, se negou a dançar com ele e o empurrou, pois ele estava insistindo contra a vontade dela.
O jovem revidou o empurrão, agrediu a jovem com um soco no rosto e fugiu do local em seguida, ainda conforme o depoimento da vítima à polícia. O delegado Manoel Martins, que está investigando o caso, disse que o suspeito vai prestar depoimento à polícia na manhã desta terça-feira, na delegacia de Patos.
O caso aconteceu na noite da última quinta-feira (3), em uma área de lazer, fora do campus, onde estava sendo realizada a calourada (Foto: Reprodução/TV Paraíba)
O que diz a UFCG
A UFCG se pronunciou através de uma nota, lamentando o acontecimento envolvendo violência entre membros da comunidade discente. Ainda conforme a nota, o Centro de Saúde e Tecnologia Rural, do campus de Patos, tem tomado atitudes para minimizar atos como este, como a proibição do uso de bebidas alcoólicas dentro do campus. Contudo, outras formas de violência têm sido percebidas de forma velada, principalmente no início dos semestres na recepção aos feras.
O diretor do campus de Patos, Sergio Ricardo, disse que a instituição disponibiliza, a todas as vítimas dessas agressões, o Sistema de Assistência Estudantil (Psicólogo e Assistente Social), e que a coordenação do curso de medicina veterinária irá se reunir ainda este mês para discutir as medidas que devem ser adotas com relação ao jovem suspeito de ter praticado a agressão.
Fonte: G1
Créditos: G1