O casal de empresários Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire, suspeitos da morte do sargento do Exército Lucas Guimarães, devem ser interrogados em presídios, segundo a Polícia Civil. Eles deram entrada no sistema prisional nesta quarta-feira (22).
O crime aconteceu no dia 1º de setembro, e uma operação para prender os suspeitos de envolvimento foi realizada nesta terça (21). O casal ficou horas foragido, e se entregou à polícia no começo da tarde dessa terça.
Os dois suspeitos deixaram a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), no início da tarde desta quarta-feira (22), e seguiram para o Instituto Médico Legal (IML), onde fizeram exames de corpo de delito.
Jordana Azevedo Freire deixa delegacia para dar entrada em presídio de Manaus. — Foto: Lane Gusmão/Rede Amazônica
A delegada da DEHS, Marna de Miranda, informou que o casal foi levado para o Centro de Recebimento e Triagem (CRT) do Sistema Prisional do Estado, no início da tarde, e ainda não foi interrogado.
“A prisão deles é sensível. É temporária. É uma prisão para as investigações, é um instrumento de investigação. Eles foram hoje para audiência de custódia e as investigações vão continuar sobre o caso. A investigação é sigilosa. As investigações vão continuar e vamos utilizar de todos os instrumentos que a Justiça nos permitir. Eles ainda serão interrogados”, disse.
Por meio de nota, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) informou que as audiências de custódia ainda estão suspensas devido a pandemia, mas as prisões foram analisadas pelo Juízo plantonista do procedimento.
“O Juízo plantonista das Audiências de Custódia analisou a noticia das prisões enviadas pela autoridade policial e, em conformidade com o entendimento do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), não constatou irregularidade aparente quanto aos seus cumprimentos, portanto, permanecerão presos até deliberação contrária”, disse a nota.
A Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) informou que Joabson deve passar a noite no (CRT) e encaminhado para o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) na quinta-feira (22). Jordana foi encaminhada para o Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF).
Relacionamento extraconjugal foi comprovado, diz polícia
O casal é dono do grupo Vitória Supermercados, e a polícia acredita que o assassinato do sargento tenha motivação passional. A delegada Marna de Miranda, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), informou que o sargento tinha um caso com Jordana, casada com o empresário Joabson Agostinho que, ao descobrir a traição, mandou matar a vítima.
A delegada Marna de Miranda informou que o caso se trata de um crime passional. A delegada disse que o relacionamento extraconjugal foi comprovado.
O marido da suspeita descobriu o caso após olhar o celular dela. A vítima tinha o relacionamento desde dezembro de 2020.
“A partir dessa descoberta, o sargento passou a ser vítima de ameaças, o que conduziu ele a ter alguns comportamentos. Ele começou a adquirir arma de fogo, contratou segurança privada, vivia com medo e temeroso pela vida. A vítima devolveu uma quantia de R$ 200 mil que foi entregue a um funcionário do supermercado no Batalhão do Exército onde o soldado trabalhava”, completou.
Segundo a delegada, a proprietária do supermercado dava dinheiro para o sargento e o marido acabou descobrindo.
“Comprovado nós temos: relacionamento extraconjugal, descoberta desse relacionamento e um desvio de dinheiro da rede de supermercados pela esposa do proprietário”, disse.
Após descobrir as traições, a mulher também sofreu violência doméstica por parte do empresário da rede de supermercados. O empresário contratou um atirador para mandar matar o sargento. O assassino ainda não foi identificado.
Fonte: G1
Créditos: G1