Um relatório da Operação Colosso, elaborado pela Delegacia de Polícia de Santa Luzia, revela uma intrincada rede de tráfico de drogas que opera na cidade, desafiando a percepção de segurança local. O documento, assinado pelo delegado Diego Costa Passos, destaca a figura central de Serginaldo Rodrigues dos Santos, conhecido como “Coroa”, que lidera a organização criminosa denominada “Tropa do Coroa”, associada à facção OKAIDA.
O relatório da Operação Colosso não menciona diretamente a participação do prefeito de Santa Luzia em atividades criminosas. No entanto, há referências a conexões entre membros da organização criminosa e figuras políticas locais. Por exemplo, o indiciado João Vitor Nascimento de Araújo, conhecido como “Dandão”, é descrito como tendo relações estreitas com políticos, incluindo um candidato a vereador e a neta de uma vereadora.
Além disso, o relatório sugere que a organização criminosa tem influência na política local, o que pode indicar um ambiente de corrupção ou conivência. Contudo, não há evidências ou acusações explícitas contra o atual prefeito, Henry Lira, no documento apresentado. A situação é complexa, e a relação entre crime organizado e política em Santa Luzia parece ser um tema de preocupação, mas sem menções diretas ao envolvimento do prefeito.
Tráfico de Drogas e Controle Territorial:
- Santa Luzia possui uma extensa rede de distribuição de drogas, que, por muito tempo, não foi percebida pelas autoridades, criando um ambiente de “falsa paz”.
- A organização criminosa controla o tráfico e utiliza métodos violentos, incluindo tortura e execuções, para manter a ordem em seu território.
Liderança e Estrutura:
- Serginaldo “Coroa” é o líder intelectual do tráfico, mesmo monitorado por tornozeleira eletrônica, e continua a comandar as operações de longe.
- Outros membros importantes incluem Jacieudo Pedro da Silva (“Zominho”) e Taiane Maria de Souza (“Marah Alerquina”), que desempenham papéis significativos na distribuição de drogas e na aplicação de “disciplinas” brutais a membros da facção.
Violência e Tortura:
- O relatório menciona a existência de um “Tribunal do Crime”, onde os infratores são submetidos a torturas severas como forma de disciplinaO lixão da cidade é utilizado como local para essas torturas, longe dos olhos da polícia.
Conexões Políticas:
A pesquisa indica que a criminalidade está entrelaçada com a política local, com membros da organização mantendo relações com figuras políticas, o que dificulta a ação das autoridades.
Conflitos Internos e Rachaduras:
Recentes cisões dentro da organização, especialmente entre Zominho e a alta cúpula da OKAIDA, indicam um aumento da violência na região, com ameaças e ataques entre facções rivais.
Ações Policiais e Futuras Investigações:
O relatório conclui que é essencial a prisão de membros da organização e a realização de mandados de busca para apreender dispositivos eletrônicos, a fim de coletar mais provas e evitar a reiteração criminosa.
Veja o relatório na íntegra: