Investigações

CASO PADRE ZÉ: GAECO aponta que Padre Egídio pode ter usado recursos do bazar para mobiliar casa de Dom Delson

Os documentos, com base em mensagens interceptadas, revelam que Padre Egídio e Samuel possuíam uma relação próxima e de confiança.

Foto: reprodução
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Relatórios investigativos produzidos pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) indicam indícios de envolvimento do Padre Egídio de Carvalho Neto e Samuel Segundo, seu colaborador próximo, em uma série de irregularidades. Entre as acusações, destaca-se o suposto uso de recursos oriundos do bazar para compra de móveis e eletrodomésticos destinados à residência do arcebispo Dom Delson, localizada atrás da Catedral.

Os documentos, com base em mensagens interceptadas, revelam que Padre Egídio e Samuel possuíam uma relação próxima e de confiança. O Relatório Técnico Nº 122/2023, elaborado pela Unidade de Análise e Boas Práticas e Inteligência Policial (UNABE/UNINTELPOL), descreve uma série de aquisições realizadas a pedido de Egídio. Em uma mensagem datada de 6 de outubro de 2021, Padre Egídio teria encaminhado a Samuel uma solicitação para a compra de uma cama box de casal e uma geladeira, com instruções para que os itens fossem entregues diretamente na residência do arcebispo.

A relação entre ambos foi reforçada pelo fato de que os recursos para as compras, incluindo itens pessoais como eletrônicos de última geração, supostamente provinham do bazar mantido pela paróquia. Conforme as mensagens, Amanda, mencionada como responsável pelo pagamento dos boletos, teria sido orientada a utilizar o saldo do bazar para cobrir as despesas. Essa prática, conforme o relatório, aponta para um possível desvio de finalidade dos recursos da paróquia, que deveriam ser direcionados para ações de caridade e manutenção da comunidade.

A proximidade entre os envolvidos e o uso de fundos da igreja em benefício pessoal são apontados pelo GAECO como indícios de uma rede de favorecimentos. Essas revelações agravam o chamado “Escândalo do Padre Zé”, que continua sob investigação, e podem trazer novas implicações para a Igreja na Paraíba.

Poder PB