No primeiro pronunciamento após ser preso, o médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, nega que tenha torturado ou matado o enteado, Henry Borel Medeiros, de 4 anos.
Em seis páginas de caderno escritas na Cadeia Pública Pedrolino Oliveira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, o ex-parlamentar reafirma o bom relacionamento que tinha com o filho de sua então namorada, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva, e chega a sugerir que menino possa ter sido vítima de causas naturais, ter chegado doente do fim de semana com o pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, ou até sido envenenado.
Na carta, Jairinho diz ter sido vítima da espetacularização da investigação criminal e da criação de um enredo de condenação antecipada, que incitou a “ordem pública”. O ex-vereador alega que não havia motivos para que o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP e responsável pelo inquérito, desconfiasse dele. “Não existe qualquer indício de que eu tenha feito absolutamente nada com o Henry”, escreve.
Jairinho também critica os laudos assinados por peritos do Instituto Médico-Legal (IML), que apontam que o Henry sofreu hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente, e que seu corpo apresentava equimoses, hematomas, edemas e contusões: “O laudo não trás a materialidade, são contraditórios, são feitos seis laudos, e aí um vem “desdizendo” o outro, o que caracteriza uma perícia falsa, das pouquíssimas fotos que o perito tira, ele coloca mais lesão no desenho esquemático”.
Fonte: IG
Créditos: Polêmica Paraíba