Processo

Caso de jovem paraibana que divulga "Jogo do tigrinho" é denunciado ao MPSP

Foto: Reprodução
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Em junho, o Ministério Público de São Paulo recebeu uma denúncia relacionada à violação dos direitos das crianças e adolescentes que reúnem milhares de seguidores nas redes sociais. Incluída no caso, uma jovem paraibana está dentre as menores envolvidas, que, sendo dona de um perfil no Instagram, é criadora de conteúdo, aproveitando o aplicativo, para divulgar cassinos e jogos, como o “Jogo do Tigrinho”, uma plataforma de apostas online.

A denúncia em questão, foi apresentada pelo Instituto Alana, que visa a proteção dos direitos das crianças e adolescentes. Já que a sede do grupo Tecnológico, Meta, está localizada em São Paulo, o processo foi movido junto ao Poder Judiciário do estado. Atualmente, existem casos parecidos envolvendo influenciadores digitais, alguns destes, com cinco anos, em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Alagoas.

De acordo com o que apurou o Portal MaisPB, a advogado representante do Instituto Alana, João Francisco, relatou que uma análise em cima do caso levantou preocupação.

“Estamos vendo no Brasil inteiro crianças e adolescentes, de até cinco anos, divulgando para outras crianças o Jogo do Tigrinho. No caso da Paraíba, há uma influenciadora que continua fazendo a divulgação. Essa influenciadora é bastante conhecida não apenas na Paraíba, mas em outros locais do Brasil. Ela tem um alcance muito grande”, explicou,

Segundo o relatório, os influenciadores mirins estimulavam as apostas com expressões do tipo: “só com 30 eu fiz 120 reais”, “muito fácil, parece até mentira”, “só não consegue ganhar direito quem não quer”.

A partir disso, os perfis demonstram como participar dos jogos, através de tutoriais explicativos. A maneira pela qual a “Propaganda” é realizada, na maioria das vezes, por meio dos stories. Em alguns casos registrados, a oferta de dinheiro em troca do cadastro dos seguidores é comum de ser observada.

Na denúncia prestada, o Instituto Alana solicitou ao Ministério Público que não apenas a Meta, como também os anunciantes façam parte da investigação, além da reparação dos danos em que as crianças e adolescentes foram atingidos em todo o Brasil, a demanda, é de no mínimo R$ 50 milhões. A verba deve ser revertida para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.