O tiro que atingiu e matou a menina Ágatha Félix partiu da arma de um cabo da Polícia Militar, segundo a conclusão do inquérito feito pela Delegacia de Homicídios da Capital.
A PM informou que o policial será afastado de suas atividades na rua.
Segundo o documento, houve “erro de execução” por parte do agente – ele fez um disparo de advertência contra dois motoqueiros que furaram uma blitz. O policial foi indiciado pro homicídio doloso. O relatório da investigação já foi encaminhado ao Ministério Público.
O inquérito tomou como base depoimentos de testemunhas, de policiais militares em serviço na Unidade de Polícia Pacificadora da região, que estavam no local do crime, diversas perícias e o laudo da reprodução simulada, realizada em 1 de outubro.
O resultado dessa perícia aponta o erro de execução por parte do PM. Segundo as investigações, o policial tentara atingir dois traficantes que passavam em uma moto, mas o projétil ricocheteou e atingiu Ágatha no interior do veículo.
O inquérito também aponta que o cabo pode ter confundido com uma arma uma esquadria de alumínio carregada pelo homem que estava na garupa.
A informação foi publicada pelo jornal O Globo. No mês passado, o G1 já havia antecipado que essa era a principal hipótese para o crime.
A menina Ágatha Vitória Sales Félix morreu no dia 20 de agosto após ser baleada na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Ela ainda foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento do Alemão e transferida para Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos.
Por meio de nota, a Polícia Militar se posicionou sobre o caso:
“A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar lamenta o triste episódio da pequena Ágatha e reforça solidariedade à família. Sobre a investigação, a corporação esclarece que está dando o apoio necessário à Delegacia de Homicídios da Polícia Civil e em paralelo segue a apuração interna através do Inquérito Policial Militar (IPM). O policial, apontado pela Polícia Civil como autor do disparo, está afastado de suas atividades nas ruas”.
Fonte: G1
Créditos: G1