Uma tragédia abalou a Paraíba nas últimas horas: a pequena Ariele Vitória, de apenas 6 meses, faleceu após ser internada no Complexo Pediátrico Arlinda Marques, em João Pessoa. A família acusa o hospital de negligência e erro médico durante o tratamento, e busca respostas sobre a causa da morte da bebê.
Ariele deu entrada no hospital na manhã do dia 27 de novembro, com sintomas aparentemente leves, como febre e tosse. Segundo a mãe, Raíssa, e o pai, Giovani, a criança foi atendida na triagem, mas desde o início o atendimento demonstrou falhas. O equipamento para medir a glicose apresentava defeito por falta de pilhas, e a família relata ter sentido falta de clareza sobre os medicamentos administrados.
“Disseram que era apenas febre devido ao dente nascendo. No domingo, ela estava só com febre e cansaço. Quando levei ela na quinta-feira, tudo piorou”, contou o pai. A mãe afirma que Ariele recebeu medicações sem que lhe fossem explicados os nomes ou efeitos. Após uma das medicações, a criança começou a sangrar pela boca e pelo nariz. “Ela começou a colocar sangue para fora enquanto mamava. Eu fiquei desesperada, mas ninguém me deu atenção de imediato”, relatou Raíssa.
Piora no quadro
Ao longo do dia, o quadro de Ariele teria se agravado sem explicações. A mãe relata que a filha passou horas sem assistência adequada e que, ao ser transferida para a área vermelha do hospital, a criança já estava em estado crítico. “Ela não estava daquele jeito quando entrei no hospital. Durante o dia, foi piorando. Quando vi minha filha, ela estava cheia de sangue”, desabafou Raíssa, emocionada.
Por volta de 1h da madrugada do dia 28 de novembro, a família foi informada do falecimento de Ariele. “Quando perguntamos de que ela morreu, disseram que ainda não sabiam. A menina foi para o hospital para ser tratada, não para morrer”, afirmou Giovani.
Lado do hospital
Em nota, o Complexo Pediátrico Arlinda Marques informou que Ariele foi admitida com suspeita de pneumonia e que seu quadro clínico evoluiu rapidamente, apresentando piora significativa ao longo das horas. Segundo o hospital, a paciente foi submetida a múltiplas avaliações e transferida para a UTI pediátrica devido ao agravamento do estado de saúde. O comunicado destacou ainda que a bebê sofreu episódios de sangramento volumoso, tanto pela via aérea quanto pelo trato gastrointestinal, o que complicou ainda mais o caso. Apesar das intervenções médicas, Ariele faleceu.
O hospital se solidarizou com a família e garantiu que todas as medidas foram tomadas para salvar a vida da criança. No entanto, a família contesta a versão e cobra mais clareza. “Disseram que os exames estavam normais. Depois, falaram que ela piorou de repente e teve uma infecção muito forte. Não explicaram nada direito”, disse Raíssa.
Busca por justiça
A dor da perda é evidente nos pais de Ariele, que agora lutam por respostas. “Eu só quero justiça. Quero que digam a verdade sobre o que aconteceu com minha filha”, desabafou a mãe. A família afirma que enfrentou falta de assistência, demora no atendimento e ausência de informações precisas durante todo o período de internação.
O corpo da bebê foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) para a realização de exames mais detalhados que possam identificar a causa da morte.
Poder PB