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Bandidos investem em tecnologia para praticar ações criminosas

Na Paraíba, grupos criminosos estão investindo no uso de tecnologia para praticar assaltos e aplicar golpes.

Câmeras de monitoramento, drones, pontos eletrônicos. Na Paraíba, grupos criminosos estão investindo no uso de tecnologia para praticar assaltos e aplicar golpes. Em um caso recente, uma quadrilha utilizou drone para monitorar um município e posteriormente explodir agência bancária.

O uso de drones, por exemplo, é impulsionado pela redução do valor do equipamento atualmente, de fácil aquisição. Outro ponto é que estes instrumentos podem ser controlados a uma distancia superior a 2 km e quando ele é identificado, ainda é difícil encontrar a pessoa que estava operando.

O delegado de Defraudações Falsificações de João Pessoa, Lucas Sá citou outros exemplos, como o celular e computador, os mais constantes em crimes de estelionato, equipamentos eletrônicos para clonagem de dados (chupa cabras), pontos eletrônicos para fraudes em concursos e impressoras para falsificação de documentos.

“O que acontece na verdade é o desvio de finalidade dos equipamentos. Normalmente são vendidos com outro intuito e ocorre um desvio de finalidade, pois é possível que alguém utilize isso de forma errada”, explica.

Tecnologia para polícia

O coordenador do setor de tecnologia da informação da Polícia Militar, capitão Pantaleão, informou que, desde 2015, drones foram utilizados em mais de 200 operações no Estado e se transformaram em instrumentos de grande valia.

A principal utilização desta ferramenta é auxiliar na localização e captura de criminosos em fuga. As tropas realizam as prisões com o operador do drone mantendo contato direto com as equipes, informando a localização, o que agiliza a prisão.

Ele acrescenta que, atualmente, existem um controle maior e normas elaboradas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para o uso da ferramenta, mesmo as de utilização recreativa, como limitações de altura, velocidade, além da existência de locais específicos para voo. Algumas restrições para a PM são a durabilidade da bateria, alguns defeitos técnicos e o valor para a compra ainda considerado alto.

O secretário de Estado da Segurança, Cláudio Lima, explicou que uma licitação está em andamento para ampliar a quantidade de drones à disposição da polícia. Lima, no entanto, não informou quantos equipamentos estão disponíveis atualmente.

Denúncia

A polícia aposta na denúncia para tentar prender quem utilizar a tecnologia a serviço do crime. “Ao ser constatado que existem pessoas fazendo uso indevido de drones, por exemplo, alguém pode denunciar e a policia pode verificar se a pessoa tem a documentação necessária para aquele tipo de vôo. Se não tiver, o proprietário é conduzido a uma delegacia para ser autuado, igual ao que se faz com o porte ilegal de arma”, explica.

Fonte: Mais PB
Créditos: Mais PB