Morreu, no início da noite desta quarta-feira, o auxiliar de cozinha que teve 40% do corpo queimado pela ex-namorada no último sábado, no Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio. Desde então, Luan Henrique, de 27 anos, estava internado em estado grave no CTI do Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca.
A morte de Luan foi anunciada pelo pai, o taxista Ednaldo Dantas, 47. De acordo com ele, no sábado, a mulher chamou o rapaz para conversar na casa dela e, durante uma briga, jogou álcool e colocou fogo no filho.
“Meu filho veio a óbito agora 18 horas, não resistiu aos ferimentos por conta de queimaduras muito graves que essa marginal cometeu contra ele. Ela agora tem que pagar pelo que fez”, o taxista lamentou, em seu perfil nas redes sociais. “É a dor de um pai que tá sofrendo por ter perdido um filho tão jovem”.
Em entrevista ao DIA nesta quarta, Ednaldo contou que ele e o filho são da Paraíba. O taxista disse que está na cidade há 23 anos e Luan veio para morar com ele há cerca de três meses. Com a internação do auxiliar de cozinha, Ednaldo informou que estava tendo dificuldades para manter as contas em dias.
“Trabalho como diarista com o carro e confesso que as coisas não estão muito fáceis para mim. Moro de aluguel e estou sozinho. O resto da família está longe, mas estou tentando ser uma rocha para conduzir isso tudo, mas tem sido muito difícil”, desabafou à reportagem, quando Luan ainda estava internado.
A família do auxiliar de cozinha tentou uma transferência dele para um hospital particular, mas Ednaldo disse que não podia arcar com as despesas. Os amigos chegaram a fazer uma vaquinha para arcar com os custos.
“Eles (do Hospital Lourenço Jorge) queriam tentar transferi-lo para um hospital particular, mas eu falei que é muito caro e não adiantaria a gente iniciar um tratamento e parar pela metade por falta de pagamentos”, lamentou.
O pai de Luan registrou a agressão contra o filho como tentativa de homicídio, na 32ª DP (Taquara). Segundo ele, a ex do filho chegou a prestar depoimento na distrital, confessou o crime, mas foi liberada em seguida.
Procurada, a Polícia Civil ainda não se manifestou sobre a investigação do caso.
Fonte: O Dia
Créditos: O Dia