O juiz José Guedes, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, decidiu suspender, no final da tarde desta segunda-feira (20), a audiência de instrução no caso envolvendo a suspeita de desvios de recursos milionários do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Durante a sessão, foram ouvidos seis testemunhas de defesa do padre e uma da denúncia.
De acordo com a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), a defesa do padre insistiu que o juiz ouça as testemunhas de defesa que não puderam comparecer nesta segunda. Esse foi o principal motivo para a suspensão da audiência.
“Foi ouvida a testemunha da denúncia, bem como seis testemunhas dos réus. A audiência foi suspensa porque a defesa de Egídio insistiu no depoimento das testemunhas faltosas. Por isso, os réus ainda não foram interrogados hoje. O ato foi redesignado para o dia 13 de junho. Nesse dia, serão ouvidas as testemunhas de defesa que serão indicadas, bem como serão interrogados os réus”, explicou.
Padre Egídio e as ex-diretoras Amanda Duarte e Jannyne Dantas não foram interrogados. A nova audiência ficou marcada para acontecer 13 de junho, quando serão ouvidas as demais testemunhas e os réus.
O Caso
O caso de Egídio envolve acusações de desvio de recursos milionários do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Na decisão atual, o juiz determinou o uso da tornozeleira eletrônica, proibição de sair de casa em João Pessoa e outras medidas cautelares. Desde sábado, Egídio está hospitalizado no Hospital Unimed após a cirurgia.
O ex-diretor Padre Egídio de Carvalho Neto e as ex-funcionárias Jannyne Dantas e Amanda Duarte do Hospital Padre Zé estão sendo investigados pelo GAECO do MPPB por desviar cerca de 140 milhões de reais da instituição de saúde. O religioso se viu envolvido em um escândalo de corrupção após uma denúncia de roubo de celulares.