Pedofilia

Agente da PRF é preso acusado de aliciar menores, pagando R$ 450 para adolescentes filmarem cenas de sexo

O inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Marcos Gomes da Silva Júnior, preso acusado de aliciar menores para produzir material pornográfico, pagou até R$ 450 para as adolescentes de 14 anos enviarem pelas redes sociais fotos e vídeos se relacionando sexualmente.Os policiais apreenderam com autorização da Justiça, na casa do acusado em Maricá, o celular contendo as conversas, imagens e comprovantes bancários que estão sendo periciados.

O inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Marcos Gomes da Silva Júnior, preso acusado de aliciar menores para produzir material pornográfico, pagou até R$ 450 para as adolescentes de 14 anos enviarem pelas redes sociais fotos e vídeos se relacionando sexualmente.Os policiais apreenderam com autorização da Justiça, na casa do acusado em Maricá, o celular contendo as conversas, imagens e comprovantes bancários que estão sendo periciados.

O processo corre em segredo de justiça. De acordo com as investigações, a primeira jovem aliciada por Marcos Gomes foi F.R. (as jovens serão identificadas por letras para preservar a identidade das vítimas). A menina de 14 anos fez uma amizade, em setembro de 2021, no Instagram, com uma jovem que contou conhecer um policial em Itaipuaçu, e que já teria envolvimento sexual com ele. Pouco tempo depois, outra conta no Instagram, sem identificação clara sobre a identidade do perfil, começou a seguir F.R. e propor um pagamento por PIX para que ela mandasse vídeos e fotos pelada.

F.R. aceitou a proposta e passou a mandar vídeos de curta duração, gravados com seu próprio celular. Ela recebia recompensas financeiras entre R$ 50 e R$ 100 pelo material, valores enviados através da conta bancária de um amigo. O garoto, de 19 anos, não sabia qual era a verdadeira origem do dinheiro e acreditou na versão da jovem de que seriam doações para sua família.

Durante os contatos, Marcos Gomes convenceu F.R. de chamar outras duas amigas, T.H. e M.C., de 20 e 15 anos respectivamente, com a promessa de pagar os R$ 450 por quatro vídeos, com cerca de quinze segundos cada um. Segundo os depoimentos, elas gravaram o material nuas e enviaram para o agente da PRF, que efetuou o pagamento imediatamente na conta do amigo de F.R. O combinado era que cada uma das jovens ficaria com R$ 150.

Após este episódio, F.R. falou para Marcos Gomes que não faria mais os vídeos, mas M.C. permaneceu em contato com o acusado. A amiga enviou novos vídeos para ele em troca de dinheiro, que era depositado na conta de sua mãe, acreditando que eram apenas fotos dos pés e das pernas.

Mesmo depois da recusa de F.R., Marcos Gomes passou a seguir a jovem pelas ruas de Itaipuaçu, encarava a menina ou tentava fazer sinais, na tentativa de se reaproximar. A jovem afirmou à polícia que sempre evitou qualquer contato físico com o homem, mas ele se recusava a se afastar e passou a criar novos perfis para falar com ela. Enquanto isso, Marcos tentava convencer F.R. de aliciar uma quarta amiga para participar dos vídeos.

Além do material produzido pela jovem, F.R. contou ter recebido do agente da PRF conteúdo pornográfico em que ele praticava sexo com duas meninas de 16 anos. Uma delas seria a mesma menina que apresentou Marcos Gomes à F.R. pela rede social. O acusado também chegou a oferecer R$ 2 mil para ter relações sexuais com ele, ou R$ 1 mil apenas para encontrá-lo pessoalmente. A jovem afirmou que nunca aceitou as propostas para um encontro presencial por medo do que ele poderia fazer com ela. O contato dos dois pela internet teria se encerrado em outubro de 2021.

A Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) entrou no caso depois que a mãe da adolescente desconfiou do comportamento da garota e procurou a polícia ao descobrir sobre as mensagens no celular de F.R. Mesmo com as investigações, Marcos Gomes manteve contato com a adolescente, o que ficou comprovado com as ofertas de dinheiro, reproduções de telas com imagens capturadas de um aplicativo e troca de mensagens pelo celular.

Fonte: Alagoas 24 Horas
Créditos: Polêmica Paraíba