a festa terminou em tragédia.

A trágica morte de dois casais recém-casados e mais 16 pessoas em acidente com limusine 


Amy e Alex Steenburg haviam se casado em junho deste ano e para comemorar o aniversário dela ele preparou uma festa surpresa. Mas tudo terminou em tragédia e 20 pessoas morreram, incluindo eles e outros recém-casados.
“Só quero dizer a Axel Steenburg: Eu te amo mais do que as palavras podem dizer!”
Esta foi a última mensagem que Amy Steenburg, mulher de Alex, escreveu em sua página no Facebook em 3 de outubro.
Amy e Axel haviam se casado em junho deste ano. E no último sábado, junto com vários amigos e familiares, eles saíram para comemorar o aniversário de 30 anos dela em Schoharie, no Estado de Nova York (EUA).
Era uma surpresa que Axel havia preparado para Amy.
O grupo faria um tour por vinícolas e cervejarias, a bordo de uma limusine alugada.
Mas a festa terminou em tragédia.

Segundo testemunhas, a limusine branca que os conduzia a cerca de 95 km/h avançou um sinal vermelho ao atravessar um cruzamento e se chocou com outro carro – despencando, em seguida, em uma vala ao lado da pista.
O acidente ocorreu no sábado à tarde.
Amy e Axel, outras 16 pessoas que estavam com eles no veículo e dois pedestres que passavam pelo local morreram.
Autoridades dizem que foi o acidente mais letal nos Estados Unidos desde 2009 envolvendo meios de transporte. O último a carregar essa “marca” foi o voo 3407 da Colgan Air, que caiu perto de Buffalo, em Nova York, matando 50 pessoas.

‘A vida inteira pela frente’

Além de Amy e Alex Steenburg, havia outro casal entre os mortos na limusine.
Erin Vertucci e Shane McGowan também se casaram em junho, segundo seus familiares.
“Eram casais jovens, recém-casados e tinham a vida inteira pela frente”, disse Valerie Abeling, tia de Erin, ao canal de notícias CNN.
“É uma tragédia horrível. Não há palavras para descrever como estamos nos sentindo”, acrescentou.
O irmão de Alex, Rich Steenburg, também morreu no acidente. Segundo uma página criada na internet para arrecadar dinheiro para cobrir os gastos do funeral, ele deixa uma filha pequena.

Tom King, de 35 anos, disse que perdeu suas quatro irmãs no acidente.
Abigail Jackson, Mary Dyson, Allison King e Amy Steenburg “eram muito unidas”.
“Eram as quatro mosqueteiras”, disse ele.
“Elas eram bonitas, cheias de vida, tinham a vida toda pela frente”, disse Barbara Douglas, tia das garotas, ao jornal “The New York Post”.
Outras vítimas foram Robert e Mary Dyson, que se casaram em 2009 e tinham um filho.
Matthew Coons, que foi padrinho de casamento dos Steenburg, morreu junto com sua namorada Savannah Bursese.
Patrick Cushing e sua namorada Amanda Halse também estão entre os mortos.
Outra página na internet que arrecada fundos para as filhas de Abigail e Adam Jackson, que ficaram órfãs após o acidente, somava mais de US$ 57 mil (o equivalente a R$ 215,4 mil) até segunda-feira.
“Adam e Abby foram pais incríveis para essas crianças e se foram cedo demais”, diz a página, acrescentando que as meninas têm menos de 5 anos de idade.

‘Veículos Frankenstein’

As autoridades investigam as causas do acidente.
O govenador de Nova York, Andrew Cuomo, disse segunda-feira que a limusine não passou por uma inspeção veicular estatal que deveria ter feito no mês passado.
Ele também confirmou que o condutor não tinha a permissão necessária para operar uma limusine com passageiros.
Cuomo disse que o Estado pedirá que a empresa dona da limusine, a Prestige Limo, suspenda os serviços até a investigação ser concluída.
Depois de um acidente em 2015 na região vinícola de Long Island, Nova York, no qual quatro jovens morreram, autoridades iniciaram uma investigação sobre o problema das limusines modificadas não regulamentadas.
Eles descobriram que as limusines modificadas, que estão proibidas em vários países europeus, são feitas a partir de veículos muitas vezes cortados ao meio e depois anexados a paineis laterais para alongar a cabine.

Nesse processo, entretanto, vários recursos de segurança são eliminados, como barras anticapotagem, portas reforçadas e airbags laterais.
Deborah Hersman, do Conselho de Segurança Nacional, disse à TV CBS News que se tratam de “veículos Frankenstein”.

Fonte: g1
Créditos: g1