O ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe morreu nesta sexta-feira (8) após ser baleado durante um discurso na cidade de Nara, no oeste do Japão, informou à emissora pública NHK. Segundo o secretário-chefe do governo, Hirokazu Matsuno, Abe foi atingido pelos disparos às 11h30, no horário do Japão.
O Corpo de Bombeiros de Nara informou à Reuters que o ex-premiê sofreu uma parada cardiorrespiratória antes de ser levado ao Hospital da Universidade de Medicina de Nara.
O atual primeiro-ministro Fumio Kishida disse que Abe estava em estado grave, “passando por tratamento de emergência por médicos que lutavam para salvar sua vida”. Ele condenou o tiroteio em Nara, e classificou o ataque como inaceitável aos fundamentos da democracia japonesa.
Um homem de 40 anos, suspeito do ataque, foi preso no local, segundo a NHK. Um repórter da emissora no local disse que eles ouviram dois estrondos seguidos durante o discurso de Abe.
Shinzo Abe, de 67 anos, é o primeiro-ministro que mais tempo ocupou o cargo no Japão. O membro do Partido Liberal Democrático (LDP) teve dois governos: entre 2006 e 2007 e 2012 e 2020. Conservador, ele deixou o cargo em agosto daquele ano por motivos de saúde.
Em 2006, Abe se tornou o mais novo primeiro-ministro a assumir o cargo no Japão desde a 2ª Guerra Mundial.
Em setembro de 2007, ele renunciou de forma surpreendente depois do partido perder as eleições de julho daquele ano. Segundo Abe, ele deixou o cargo para tentar resolver um entrave envolvendo uma missão naval que apoiava operações militares dos Estados Unidos no Afeganistão. Membros do alto escalão do governo afirmaram que problemas de saúde também foram decisivos para a saída.
Em 2013, Abe estava à frente do país quando Tóquio foi eleita cidade-sede das Olimpíadas em 2020.
A anatomia de um atentado | Como foi o ataque que vitimou Shinzo Abe.
Ex-premiê discursava quando foi atacado pelas costas. Registros de cinegrafistas e populares ajudam a entender a dinâmica do crime. pic.twitter.com/0HyhdTSRTJ
— Metrópoles (@Metropoles) July 8, 2022
Fonte: CNN
Créditos: Polêmica Paraíba