O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, declarou, nessa quarta-feira (20/03), que seus soldados estão empurrando as forças ucranianas para trás e que Moscou reforçará suas forças militares adicionando dois novos exércitos terrestres e 30 novas formações até o final deste ano.
“Continuaremos a melhorar o combate e a força numérica do exército russo de acordo com as ameaças emergentes à segurança militar do país”, disse ele aos repórteres.
O anúncio ocorre em meio a troca de farpas entre Putin e líderes ocidentais. Na última semana, por exemplo, o presidente francês, Emmanuel Macron, fez um discurso duro, insinuando o envio de tropas francesas para combater em solo ucraniano.
“Há dois anos, dissemos que nunca enviaríamos tanques. Nós enviamos. Há dois anos, dissemos que nunca enviaríamos mísseis de médio alcance. Nós enviamos (…) Se a guerra se espalhar pela Europa, a culpa será da Rússia. Mas se decidíssemos ser fracos, se decidíssemos hoje que não iríamos responder, já estaríamos escolhendo a derrota. E eu não quero isso. A nossa segurança está em jogo na Ucrânia”, declarou Macron.
Além dos novos exércitos, vão ser criados ao todo 14 divisões e 16 brigadas. Atualmente, o exército russo controla cerca de um quinto do território ucraniano, e avança ainda mais no interior do país.
Ucrânia precisa de ajuda militar
Os chefes de espionagem ocidentais dizem que a guerra pode estar em um ponto de virada, já que Kiev precisa de mais armas de seus aliados ocidentais para evitar mais contratempos na linha de frente.
Nessa quarta, a Ucrânia recebeu 4,5 bilhões de euros da União Europeia. Um dia antes, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, reiterou a necessidade de ajuda militar, afirmando que Putin não iria parar na Ucrânia e consiste em uma ameaça ao “mundo livre”.
Atualmente, Kiev está debatendo uma nova lei de mobilização, pois enfrenta uma escassez de tropas prontas para a batalha. Ao mesmo tempo, porém, a Ucrânia intensificou seus ataques com drones, bombardeando regiões na fronteira russa e lançando mísseis contra refinarias do país vizinho.