Em pronunciamento oficial à nação sobre o ataque iraniano a duas bases que abrigam soldados americanos no Iraque, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o Irã parece ter recuado. Ele confirmou que nenhum soldado americano foi morto ou ferido, afirmou que os danos às instalações americanas foram mínimas. O presidente disse ainda que os Estados Unidos querem “abraçar a paz” e que não têm intenção de usar seu poderio militar contra o país persa.
Ao lado do vice-presidente Mike Pence, do secretário de Defesa, Mike Pompeo e de diversas figuras da alta cúpula das Forças Armadas dos EUA, Trump defendeu o ataque que matou Soleimani e anunciou que irá impôr mais sanções ao governo iraniano. Ele fez ainda um apelo para que os países europeus saiam do acordo nuclear de 2015 e que afirmou, antes mesmo de dar boa tarde, que o Irã nunca terá uma arma nuclear enquanto for presidente.
Horas antes do pronunciamento de Trump, fontes de governos europeus e dos EUA afirmaram que o Irã teria feito uma opção deliberada para evitar que houvesse mortes. Isto, de acordo com especialistas, indica cautela e uma tentativa de, apesar da retaliação, aliviar as tensões com Washington.
O presidente americano disse ainda que como os Estados Unidos não dependem mais do petróleo do Oriente Médio, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) — que tem os EUA como seu financiador principal — deve aumentar suas atividades na região.
Esta foi a primeira vez que Trump tentou explicar as motivações que levaram ao assassinato de Soleimani e suas consequências. Até o momento, o presidente havia concedido rápidas entrevistas e postado diversas mensagens em suas redes sociais, mas não realizou comentários mais extensos ou concretos. Na noite de ontem, em resposta à retaliação iraniana, Trump recorreu ao seu Twitter para dizer que está “tudo está bem” e que os EUA “têm as Forças Armadas mais poderosas e bem equipadas do mundo, de longe”.
Fonte: O Globo
Créditos: O Globo