O Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Evo Morales, reassumiu a liderança das duas Câmaras do Legislativo após os antigos ocupantes da mesa diretora renunciarem por conta de pressões dos golpistas. Na noite desta quinta-feira (14), Mónica Eva Copa foi eleita presidenta do Senado. Enquanto isso, a autoproclamada presidenta Jeanine Añez nomeia ministros, tentando validar o golpe.
“Não permitiremos nenhum tipo de violência contra as mulheres porque lutamos muito por esse processo de mudança”, foi o que declarou Copa logo que assumiu o posto. A condução da senadora foi feita em sessão que contou com a presença de 26 parlamentares – 22 do MAS e 4 da oposição – e atingiu o quórum mínimo de dois terços da casa (24). São 36 senadores no total.
Ao contrário da sessão desta quinta, a que foi comandada pela senadora Jeanine Añez, na terça-feira, não obteve o comparecimento mínimo para ser instaurada – o que a torna ilegítima. Mais cedo, a Câmara dos Deputados nomeu Sergio Choque como novo presidente da casa e desconheceram desconhecer a autoridade da senadora como presidenta do país. Eles ainda rejeitaram a renúncia de Evo Morales, tornando-o presidente legítimo.
O primeiro secretário do Senado, Omar Aguilar, abriu o Senado com um minuto de silêncio pelos mortos que foram vítimas da violência e da repressão nas ruas, promovidas pelos partidários do golpe. “Nossa única finalidade é buscar a unidade e a paz entre os bolivianos”, afirmou.
#Ahora
Con el quórum reglamentario de 26 senadores (4 de oposición y 22 de oficialismo)
el @SenadoBolivia instala la 200° sesión ordinaria.
La decana, senadora Carmen Eva Gonzales, preside la misma pic.twitter.com/MdkaMdoSOk— Senado de Bolivia (@SenadoBolivia) November 15, 2019
Fonte: Revista Fórum
Créditos: Revista Fórum