Uma mulher foi espancada até a morte pelo próprio marido na Rússia, em uma sessão de tortura filmada na íntegra. O objetivo do marido, Maxim Gribanov, era mostrar aos amigos como conseguia manter a esposa sob controle, violentando-a durante horas. Segundo o site Último Segundo, a vítima se chamava Anastasia Oviannikova, tinha apenas 28 anos, e morreu seis dias após o crime de violência doméstica. O caso ocorreu na cidade de Lebedyan, situada a cerca de 320 quilômetros de Moscou.
Após a morte da esposa, o homem foi preso e pode cumprir pena de até 16 anos, de acordo com informações do portal britânico Metro. A mulher ficou em coma após os ataques, foi encaminhada ao hospital com diversos ferimentos, hemorragias internas e ossos quebrados pelo espancamento. A vítima nunca chegou a acordar do estado de coma.
Amigos da vítima relataram ao portal que o relacionamento abusivo, com bullying e intimidações constantes por parte do marido, durava anos. Anastasia teria inclusive sido obrigada a deixar o emprego pelo marido. A família da jovem também teria sido ameaçada pelo esposo, caso tentasse intervir nos ataques ou denunciar o caso às autoridades.
“Em um primeiro momento, o homem foi acusado de agressão ao causar danos à saúde da mulher. Porém, após a sua morte, as acusações mudaram. O suspeito se declarou parcialmente culpado. Ele disse que tinha seus motivos”, comentou o porta-voz da polícia local, Yulia Kuznetzova, em declaração reproduzida pelo Último Segundo.
Volência doméstica na Rússia
O caso de Anastasia Oviannikova não é raro no país, já que a Rússia vem sendo destaque na imprensa internacional após denúncia de que as mulheres vítimas de abuso doméstico em território russo são obrigadas a pagar multa (a fiança) dos seus agressores. A punição seria direcionada às esposas que possuem contas bancárias com os seus maridos.
Um grupo de ativistas está protestando contra mudanças na lei russa implementadas desde de janeiro deste ano, que através de emendas polêmicas acabaram por despenalizar diversas formas de violência doméstica. Com a reformulação, agressores de namoradas, esposas e filhos só são legalmente obrigados a pagar multa se as vítimas tiverem ossos fraturados (pena que antes era e dois anos passou a ser de 15 dias de prisão, além de uma multa insignificante equivalente a R$ 1,5 mil). Todas as outras sequelas, físicas e psicológicas, acabam por ser “perdoadas”.
Fonte: Notícias ao Minuto
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