O Papa Francisco chegou ao Iraque nesta sexta-feira (5) para a viagem de número 33 de seu pontificado. Segundo analistas, esta é a viagem mais arriscada de Francisco em seus nove anos como Papa. Ele viajou sob um forte esquema de segurança, com o objetivo de transmitir uma mensagem de paz e reconciliação no país.
Apesar dos riscos, o Papa manteve a agenda, justificando que não se pode decepcionar “pela segunda vez este povo”, ao lembrar de um cancelamento de visita em 1999 por parte de João Paulo II.
Francisco, que já foi vacinado contra a covid-19, visitará primeiramente Bagdá e Erbil, duas cidades que foram cenários de ataques com foguetes contra alvos americanos recentemente. Além disso, está na agenda do pontífice visitar Ur, o local considerado como berço do cristianismo, a terra do profeta Abraão, pai das três religiões monoteístas.
Ainda no sábado, Francisco se reunirá com o grande aiatolá Ali Sistani, principal autoridade para xiitas no Iraque, na cidade sagrada de Najaf. O pontífice também tem uma escala programada para Mossul, que foi reduto dos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI).
Principais desafios
Os analistas apontam que essa viagem é um desafio não só religioso, mas também sanitário, por conta da pandemia de covid-19.
A do Papa será marcada ausência de multidões e o uso de um automóvel blindado. Apenas no estádio de Erbil, com capacidade para 20.000 pessoas, ele falará para 4.000 fiéis na missa dominical.
O Papa Francisco já enviou antecipadamente uma mensagem aos iraquianos, na qual defende a reconciliação nesta terra, berço das religiões, afetada por anos de violência e guerras.
“Vou como peregrino […] implorar ao Senhor perdão e reconciliação, após anos de guerra e terrorismo […] e vou entre vocês como um peregrino da paz […]. Anseio conhecê-los, ver seus rostos, visitar sua terra, antiga e extraordinária, berço da civilização”, declarou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba